segunda-feira, 29 de maio de 2000

Entenda a Elevação do Rio Grande

Entenda a Elevação do Rio Grande:

Segundo o pesquisador Eugênio Frazão existem na Elevação do Rio Grande recursos minerais com valor econômico que ainda estão em processo de requerimento junto a International Seabed Authority (ISA) com sede em Kingston na Jamaica e responsável por regular a exploração do fundo do mar em águas internacionais sob a Convenção da ONU sobre o Direito do Mar de 1982 - decidiu priorizar a criação de regras para concessão de autorizações para sua mineração, estabelecidas em 2010, pois esta área pode realmente vir a constituir, no futuro, até uma futura Serra Pelada no Mar.

Durante muito tempo, os céticos afirmavam que a mineração no fundo do mar era um sonho equivalente a procurar riquezas na Lua, mas os avanços na tecnologia de exploração submarina, unidos a ferramentas desenvolvidas originalmente para a exploração de petróleo e gás a partir de plataformas em alto-mar, estão mudando este cenário. Combinando tudo isso com a perspectiva de esgotamento das reservas de alguns metais no continente nas próximas décadas, com o consequente aumento nos seus preços, essas áreas requeridas junto a ISA pela CPRM serão importantes do ponto de vista estratégico e político para o Brasil.

Atualmente, a maioria dos contratos de exploração são para sulfetos, nódulos e de crostas Fe-Mn, como por exemplo, na Zona de Clarion-Clipperton, uma região entre duas fissuras ao norte do equador no Oceano Pacífico e próxima ao arquipélago havaiano.

A Elevação do Rio Grande é uma grande montanha no fundo do Atlântico Sul, na altura do estado do Rio de Janeiro, a cerca de 1,5 mil quilômetros da costa brasileira, ou seja, em águas internacionais. A elevação vem sendo estudada pelos geólogos da CPRM desde 2009.

Desde a década de 60, vários países como a França, Alemanha e Coreia exploram áreas em águas internacionais. Elas são consideradas patrimônio da humanidade pela Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos do Mar.