segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Da gipsita ao ouro, a corrida se acelera

Mineração em Pernambuco? Sim, senhor. E não é somente gipsita no Sertão do Araripe. Está havendo uma procura cada vez maior por outros minerais no estado, especialmente níquel, ferro e até mesmo ouro. Os requerimentos para pesquisa praticamente duplicaram ou triplicaram em relação aos anos anteriores no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

Segundo o superintendente do DNPM em Pernambuco, Paulo Jaime Alheiros, o departamento registrava entre 300 e 400 requerimentos para pesquisa por ano no estado e, em 2011, esse número já passou de mil. Foram 394 para pesquisar níquel, 163 para ferro e 99 para ouro, sem falar nos minerais mais tradicionais, como granito, calcário, areia etc.

“Pernambuco tem mineração, mas nunca foi de grande porte, como é na Bahia, no Pará ou em Minas Gerais. Essa atividade sempre esteve muito focada na exploração do gesso, das argilas e agregados. Parece que agora as empresas estão tendo novas informações geológicas, talvez por isso tenha aumentado tanto o número de requerimentos”, interpreta Alheiros.

Entre os recursos mais utilizados atualmente para localizar minérios está a geofísica aérea. Alheiros acredita que não se trata de mera especulação, já que a pesquisa tem um custo. A empresa paga uma taxa de requerimento e quando começa a produzir também paga a chamada compensação financeira.

De acordo com o DNPM, são cerca de 40 as empresas autorizadas a exercer a atividade de mineração em Pernambuco. Uma delas é a Votorantim Metais. Há rumores de que a empresa está pesquisando níquel no município de Macaparana e cidades vizinhas, na Mata Norte. Procurada pela reportagem, a Votorantim informou apenas que “possui alvarás de pesquisa para exploração mineral em aproximadamente 40 municípios do estado de Pernambuco”. Na nota, acrescenta que esses trabalhos têm “um processo de maturação de longo prazo, que pode levar até dez anos”.

As entidades do setor costumam argumentar que, nos municípios onde ocorre a mineração, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é maior do que a média do IDH dos estados. Em Araxá (MG), por exemplo, onde se explora nióbio, o IDH do município é 0,799, enquanto que o do estado é de 0,766. Em Parauapebas (PA), onde se explora ferro, o IDH municipal é de 0,740, contra 0,720 do estadual.

A indústria de mineração do Brasil é a quarta maior do mundo, de acordo com a United States Geological Survey (USGS), entidade norte-americana que é referência mundial do setor. O maior número de empresas está no Sudeste (3.392), depois no Sul (1.901). Outra entidade, o Centro de Estudios del Cobre y la Minería (Cesco), estima que o Brasil receberá US$ 58 bilhões em investimentos nesse setor até 2015.

Já o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) prevê que a produção brasileira de minerais vai duplicar até 2015, chegando próximo a 771 milhões de toneladas. Neste ano, a previsão é a de que a produção mineral brasileira atinja um novo recorde, ao cravar US$ 50 bilhões. Caso a previsão se concretize, isso representará um crescimento de 28% em relação a 2010, quando o valor registrado foi de US$ 39 bilhões. Em dez anos, então, essa indústria terá crescido 550%, saltando de US$ 7,7 bilhões, em 2001, para US$ 50 bilhões neste ano.

Fonte: Diário de Pernambuco

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Falta de água é o maior entrave para alimentar população crescente, diz Graziano

Brasília - O futuro diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano da Silva, disse que a necessidade de aumentar a produção agrícola para alimentar a crescente população mundial pressionará a busca por recursos naturais, principalmente pela água. Graziano assume o posto no primeiro semestre de 2012.


Graziano foi eleito diretor-geral da FAO, órgão da ONU
responsável por políticas de alimentação
"A água se tornou o maior entrave à expansão da produção [de comida], especialmente em algumas áreas como a região andina, na América do Sul, e os países da África Subsaariana", disse Graziano, que atualmente é diretor da FAO para a América Latina e foi ministro de Segurança Alimentar e Combate à Fome no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, responsável pela implementação do Programa Fome Zero.

Segundo Graziano, apesar da pressão sobre os recursos naturais, é possível pôr fim à fome no mundo por meio de quatro ações principais: a aplicação de tecnologias modernas na lavoura (muitas já disponíveis), a criação de uma rede de proteção social para populações mais vulneráveis, a recuperação de produtos locais e mudanças nos padrões de consumo em países ricos.

"Se pudéssemos mudar o padrão de consumo em países desenvolvidos, haveria comida para todos", disse o futuro diretor-geral da FAO.

"Desperdiçamos muita comida hoje não só na produção, mas também no transporte e no consumo". Segundo Graziano, enquanto a comida é mal aproveitada em nações ricas, cerca de 1 bilhão de pessoas passam fome em países emergentes.

"Precisamos assegurar que esse 1 bilhão de pessoas sejam alimentadas, que tenham bons empregos, bons salários e, se não pudermos dar-lhes empregos, encontrar uma forma de proteção social para eles."

Graziano ressaltou ainda que que programas de transferência de renda, como o Bolsa Família no Brasil, atendem cerca de 120 milhões de pessoas na América Latina, ajudando a combater os índices de fome na região. Para ele, o ideal é ampliar essas ações para outros países afetados pela falta de alimentos, especialmente na África.

O futuro diretor-geral da FAO disse também que o estímulo à produção de alimentos tradicionais ajuda a diversificar a fonte de alimentos. "Hoje caminhamos para ter poucos produtos responsáveis pela alimentação de quase 7 bilhões de pessoas. Precisamos diversificar essa fonte, criar maior variabilidade."

Segundo ele, a prioridade dada a alimentos cotados em mercados internacionais tem feito com que a América Latina, por exemplo, venha perdendo a capacidade de produzir feijão – um alimento tradicional altamente nutritivo, produzido a um custo baixo.


Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Geólogos da CPRM participam de treinamento para ação emergencial em áreas de risco

Diretoria executiva da CPRM
O treinamento para ação emergencial de mapeamento de áreas de risco contou hoje (26/10) com a participação do diretor-presidente, Manoel Barretto e dos diretores executivos Eduardo Santa Helena, Antônio Nunes, Roberto Ventura e Thales de Queiroz Sampaio.


O evento, que acontece de 24 a 28 de outubro, no Rio de Janeiro, tem como participantes vinte técnicos do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e é coordenado pelo geólogo Jorge Pimentel, do Departamento de Gestão Territorial (Deget). Amanhã será a etapa de campo do treinamento. Os consultores Alvaro R. Santos, geólogo, e  Bressane, engenheiro, participarão da atividade.

“O trabalho é importante porque integra diversos ministérios, consolida o tema na CPRM e informa aos municípios sobre o risco de deslizamentos de solo e rocha que causam danos materiais e vítimas fatais”, informou Pimentel.

No dia 7 de novembro começam os trabalhos de campo em 24 municípios do país, nos estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Espírito Santo.

Técnicos durante o treinamento
“O grupo vai diagnosticar todas as áreas em potencial de risco, e contará com o apoio de todas as superintendências. Nesse primeiro momento, vamos priorizar esses locais e depois dar prosseguimento em outras áreas. Os levantamentos serão feitos por dois ou três geólogos”, informou Hamilcar Tavares, geólogo da Superintendência de Goiânia (Sureg/GO). Tavares será o responsável por dois municípios em Santa Catarina.

“A iniciativa prevê a padronização dos procedimentos de mapeamento das áreas em potencial de risco. Essa é uma demanda do governo e da CPRM”, comemorou o geólogo Ricardo Brandão, da Residência de Fortaleza (Refo).

A ação é promovida pela CPRM, pelo Ministério da Integração Nacional, Ministério das Cidades, Ministério de Ciência e Tecnologia, Ministério da Defesa e Ministério de Minas e Energia.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Serviço Geológico do Brasil fará Acordo de Cooperação Técnica com o Japão

Comitiva japonesa e representantes da CPRM
O diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Manoel Barretto recebeu a delegação japonesa do National Institute of Advanced Industrial Science and Technology (AIST)/ Geological Survey of Japan (GSJ), nessa semana (24/10), em Brasília. O assunto da reunião foi o acordo de cooperação técnica entre as instituições CPRM e GJS.

Ao expor os objetivos da parceria, os japoneses Mr Tetsuichi Takagi, do grupo de pesquisa de recursos minerais do AIST/GSJ e o pesquisador Mr Tsubasa Otake, relataram a reunião que aconteceu no Rio de Janeiro, na semana passada, com o engenheiro Ronaldo Santos, do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM). Destacaram também a reunião preparatória promovida pela chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais (CPRM), Maria-Glicia Coutinho, com a participação do chefe do gabinete da presidência, José Antonio Castellano, o chefe da Divisão de Geologia Econômica, Gerson Mattos, além de técnicos da área internacional, Julio Lima, Fátima Nascimento e Nicolau Lage.


Comitiva japonesa e representantes da CPRM Na reunião em Brasília, os representantes japoneses reafirmaram o interesse em dar prosseguimento aos contatos previamente estabelecidos entre AIST/GSJ, CPRM e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Além do diretor-presidente, participaram do encontro o chefe da Divisão de Geologia Marinha, Kaiser de Sousa, e o diretor de Geologia e Recursos Minerais, Roberto Ventura. Mr Takagi e Mr Otake falaram sobre ambientes geológicos potenciais para a pesquisa Rare Earth Elements (REE) - as chamadas terras raras, no Brasil e na Finlândia, países com quem o GSJ está discutindo futura cooperação técnica. Na oportunidade foi também discutida uma proposta de parceria sobre geologia marinha.


As partes acordaram que o Brasil disponibilizará informações geológicas básicas: mapas, dados e informações sobre mineração e áreas potenciais para a seleção de áreas-piloto para estudos conjuntos. O Japão realizará no AIST/GSJ as análises laboratoriais das amostras coletadas durante as atividades de campo, sem custo para o Brasil, e oferecerá treinamento aos brasileiros em técnicas analíticas de alta resolução no Japão.  A seleção das áreas, os trabalhos de campo e de laboratório, bem como a interpretação dos dados será realizada pelas equipes técnicas dos dois países.

A Assessoria Internacional da CPRM consolidará os instrumentos legais para firmar a cooperação. A parceria, com prazo de cinco anos, prevê que cada instituição assumirá os custos para seus técnicos correspondentes as despesas com passagens, nacionais e internacionais, hospedagem e alimentação no Brasil e Japão.

CPRM monta exposição Isto é Geologia durante o 12º Simpósio da SBG

Com o objetivo de ampliar a divulgação das Geociências durante o 12º Simpósio de Geologia do Sudeste, que ocorrerá em Nova Friburgo, Rio de Janeiro de 8 a 11 de novembro deste ano, a Divisão de Marketing e Divulgação (Dimark), do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), levará para o ambiente do Simpósio a exposição Isto é Geologia.


A exposição é itinerante e já foi montada em vários eventos das áreas de geologia e mineração, como congressos, simpósios, feiras, entre outros. Trata-se de uma iniciativa voltada para despertar o interesse da população brasileira para as Geociências.

Durante o simpósio, ela será instalada no estacionamento do Teatro Municipal e ficará aberta à visitação, onde o público poderá conhecer o trabalho de pesquisa do geólogo, os equipamentos utilizados em atividades de campo e de gabinete, além de demonstrar a importância das rochas, dos minerais e dos minérios para o conforto da vida moderna da nossa sociedade.

A exposição é montada de forma a permitir que os visitantes interajam com o tema por meio de jogos temático-educativos, audiovisuais e aplicativos multimídia, cartilhas, folhetos, mapas geológicos simplificados, além de poderem manipular amostras de minerais, fotografias aéreas e instrumentos geológicos como microscópio, lupa e estereoscópio, dispostos em bancadas apropriadas para estudos e simulação.

A mostra contará também com uma estação hidrometeorológica em miniatura, para demonstrar como são coletados os dados de chuva e de medições de rios para os estudos climáticos necessários para a prevenção de riscos naturais e alerta à população em situações de emergência.

O 12º Simpósio de Geologia do Sudeste é uma promoção da Sociedade Brasileira de Geologia (SBG). Nesta edição contará com a realização simultânea do V Simpósio Nacional de Ensino e História de Ciências da Terra (EnsinoGeo 2011), fato que estimula ainda mais a participação de pesquisadores e outros profissionais dedicados ao ensino de geociências e na capacitação dirigida de professores do ensino médio e fundamental, ampliando e propiciando melhor interação da população local com a Geologia.

Participe! A exposição ficará aberta de 9 às 17h30, e contará com a participação de estudantes dos cursos de geologia (monitores especialmente treinados) que irão receber e orientar os visitantes.

Agende sua visita guiada
(21) 2295-0734 Alan ou Rosa
marketing@cprm.gov.br.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

INB encontra nova reserva de urânio

A estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) descobriu no interior da Bahia indícios de urânio com o dobro de concentração daquele extraído da única mina ativa do Brasil. A área fica na região de Caetité (BA), onde a INB já explora urânio. Embora os dados sejam preliminares, a estatal acredita que a reserva de Caetité dobrará de tamanho com novas descobertas.


"Na mina em operação em Caetité, o urânio tem 3 mil partes por milhão (ppm). Nas amostras que colhemos, o urânio tem 6 mil partes por milhão. No Brasil, nunca identificamos uma região tão rica quanto essa", disse o diretor de Recursos Minerais da INB, Otto Bittencourt. Se confirmada, a reserva poderá produzir o combustível para Angra 3 e para as quatro das oito novas usinas que o governo pretende construir até 2030.

As descobertas ocorreram há quatro meses. A primeira a encontrar pistas de urânio de alto teor foi a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), que trabalhava em parceria com a INB. A CBPM, que havia identificado 34 áreas com indícios na região onde está a mina, detectou 22 novos alvos.

A INB, então, escolheu dois desses pontos para cavar. Não precisou ir fundo. A cerca de um metro e meio, segundo Bittencourt, os técnicos pararam numa camada de rocha e de lá colheram amostras do urânio com 6 mil ppm.

Para detalhar a descoberta - saber, por exemplo, qual a extensão da área onde foram encontradas essas amostras e se em outros pontos o teor no minério é tão alto - a INB está preparando licitação para contratar uma empresa que faça a sondagem do solo. Isso significa perfurar cerca 100 metros de rocha com um equipamento com ponta de diamante que permite uma leitura mais precisa da riqueza encontrada no solo. Os novos alvos - termo usado pelos geólogos - estão na zona rural da região do município de Caetité, a 750 km de Salvador. A INB tem comprado de sitiantes as terras sob as quais pode estar a nova reserva.

"Pelo que já vimos, a perspectiva é de no mínimo dobrar o tamanho da reserva de Caetité", disse o diretor. Descoberta nos anos 70, a mina de Caetité é a única que produz urânio não só no Brasil, mas em toda a América Latina. A reserva medida, indicada e inferida é de 100 mil toneladas de urânio - das quais 80 mil consideradas garantidas. Esse valor inclui as 34 áreas já identificadas além da área da mina em operação. Se a promessa se confirmar, são os 22 novos alvos que ampliarão as reservas para 200 mil toneladas. Com uma vantagem: com minério que tem o dobro de teor, a INB gastaria os mesmos recursos para produzir o dobro de concentrado, diz o diretor.

O custo de produção do concentrado é de US$ 50 a US$ 60 mil por tonelada. A INB tem o monopólio no Brasil da venda de concentrado de urânio. Tudo o que produz abastece a Eletronuclear e (depois da fase de enriquecimento na Europa) alimenta as usinas de Angra 1 e Angra 2. O Brasil não exporta. As reservas totais de urânio do país são de 309 mil toneladas. Além das aproximadas 100 mil de Caetité, a reserva de Santa Quitéria (CE) tem 140 mil toneladas que deve começar a produzir em 2017; o resto está espalhado em quantidades menores pelo país. Em 2009, o Brasil produziu 400 toneladas de concentrado; em 2010, caiu para menos de 200 toneladas e este ano deve voltar para as 400 toneladas.

O achado na Bahia é resultado da retomada dos trabalhos de prospecção. "De meados dos anos 80 até 2007, a pesquisa mineral de urânio esteve quase desativada. As reservas de 300 mil toneladas eram mais do que suficientes para atender à demanda interna". Em 2007, o governo federal retomou o programa nuclear e estabeleceu, entre outras metas, terminar a construção de Angra 3, construir entre quatro e oito usinas até 2030 e ampliar as reservas e a produção de concentrado urânio. "Os últimos levantamentos do Serviço Geológico do Brasil indicam várias áreas com anomalias radioativas de urânio. É tudo novo, áreas que não conhecíamos por causa dessa desativação das pesquisas."

A INB pesquisa em diversos Estados, como Pará, Roraima, Ceará, Bahia e Minas Gerais. Bittencourt mostra otimismo. "Em cinco ou dez anos, o Brasil terá aumentado suas reservas para 1 milhão de toneladas, o equivalente às atuais reservas da Austrália."

Fonte: Valor Econômico

A geologia em áreas contaminadas

Com os problemas no Shopping Center Norte (SP), nunca se falou tanto de áreas contaminadas, que pode ser definida como uma área, local ou terreno onde há comprovadamente poluição ou contaminação causada pela introdução de quaisquer substâncias ou resíduos que nela tenham sido depositados, acumulados, armazenados, enterrados ou infiltrados de forma planejada, acidental ou até mesmo natural.

Nessa área, os poluentes ou contaminantes podem concentrar-se em subsuperfície nos diferentes compartimentos do ambiente, como por exemplo no solo, nos sedimentos, nas rochas, nos materiais utilizados para aterrar os terrenos, nas águas subterrâneas ou, de uma forma geral, nas zonas não saturada e saturada, além de poderem concentrar-se nas paredes, nos pisos e nas estruturas de construções.

Mas, o pior é que em São Paulo são consideradas áreas críticas: os aterros industriais Mantovani e Cetrin; o bairro de Jurubatuba, na cidade de São Paulo; o bairro de Vila Carioca, na cidade de São Paulo, no Ipiranga; o Condomínio Residencial Barão de Mauá, em Mauá (SP); o Jardim das Oliveiras, em São Bernardo do Campo; o Shopping Center Norte; as Mansões de Santo Antônio (Concima), em Campinas (SP); as Indústrias Reunidas Matarazzo, em São Caetano do Sul (SP); o Conjunto Cohab-Vila Nova Cachoeirinha, em São Paulo; e o Conjunto Cohab, em Heliópolis, em São Paulo.

De maneira geral, as formações geológicas, onde está localizado o resíduo ou o contaminante, atua, sobremaneira, na aplicabilidade e na eficiência dos métodos geofísicos que se baseiam na condutividade ou resistividade elétrica. Por exemplo, devido à alta condutividade elétrica apresentada pelas argilas, o contraste entre o valor da condutividade natural do meio (background) e a condutividade dos contaminantes inorgânicos pode ser pequeno, podendo mascarar a detecção da contaminação. Em contrapartida, com a presença de compostos orgânicos, os contrastes de condutividade poderão ser salientados.



Fonte: Geofísica Brasil

Curso de editoração e diagramação capacita técnicos

Capacitação na área de editoração e diagramação final das cartas temáticas, com ênfase no gerenciamento de dados cartográficos será oferecida aos agentes de mapeamento que trabalham diretamente nessa área e que precisam ter conhecimentos básicos das ferramentas do software “ArcGis”, versão 10.  O curso será realizado de 7 a 11 de novembro, na Sala de Treinamento, no Escritório da CPRM no Rio de Janeiro.


A proposta é também orientar o gerenciamento dos arquivos e a estruturação dos dados vetoriais, utilizando as ferramentas do software. A Divisão de Cartografia (Dicart) do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) pretende capacitar, padronizar os produtos, tornar o trabalho mais ágil, além de manter a objetividade das pesquisas desenvolvidas.

O curso abrange os tópicos: Cartografia x Geoprocessamento; Sistema de Coordenadas e de Projeções; Gerenciamento da Base Cartográfica no Geodatabase; Gerenciamento de Tabelas; Planejamento e Criação do Layout; Padrão de legenda/simbologia, utilizados pelo SGB; Workshop.

Durante os cinco dias, o curso vai totalizar 40 horas. As vagas desse curso já foram preenchidas. Mas, novas capacitações serão realizadas. Acompanhe o Informe Serviço Geológico do Brasil e participe!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Geólogo da CPRM ministra palestra sobre geologia médica no Congresso Brasileiro de Patologia

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) foi representado no XXVIII Congresso Brasileiro de Patologia e XXVIII Congresso de La Sociedad Latinoamericana de Patologia pelo responsável pelo Departamento de Gestão Territorial, o geólogo Cássio Roberto da Silva. O Congresso aconteceu entres os dias 11 e 15 de outubro, em Maceió (AL), e teve como tema “Dificuldades Diagnósticas e Novos Conceitos em Patologia”.


Cássio iniciou a palestra “Geologia Médica: uma disciplina transversal” afirmando que a geologia, nos últimos 16 anos, vem se destacando como importante instrumento de avaliação ambiental e da saúde pública, por meio de uma nova disciplina denominada Geologia Médica. “No sentido amplo é descrita como o estudo das relações entre os fatores geológicos naturais e induzidos pelo homem e a saúde, visando ao bem-estar dos seres humanos e outros organismos vivos”.

“Os seres vivos necessitam, para sua sobrevivência, de determinados elementos químicos, os quais são ingeridos, principalmente, através da água e dos alimentos. Para os humanos, são essenciais como macronutrientes C, Ca, Cl, P, K, Na, N, S, O, H; como micronutrientes, Co, Cr, Cu, Fe, F, I, Mg, Mn, Mo, Ni, Se, Si, V, Zn. A carência e/ou o excesso desses elementos acarreta prejuízo à saúde”, explicou geólogo.

Ele afirmou que as questões associadas à saúde geralmente se referem a seres humanos e outras criaturas vivas, ao passo que o foco da geologia é sobre o inanimado e o passado distante. Assim, embora possam estar em áreas distintas do conhecimento ou requeiram diferentes abordagens de investigação, as relações diretas entre estas duas disciplinas não podem ser ignoradas. “A vida desenvolve-se numa matriz de materiais da terra – rochas, minerais, solos, água, ar – cuja disponibilidade exerce um profundo controle sobre o que todas as criaturas vivas ingerem e como elas se desenvolvem biológica e culturalmente, assim, somos o que comemos e bebemos”.

Ao final da palestra, declarou que a união proporcionada pela Geologia Médica entre geólogos e outros cientistas como médicos, odontólogos, veterinários e biólogos, num esforço para resolver local e globalmente as questões de saúde, fortalece e integra pesquisas para a redução das ameaças ambientais.

Geologia Médica - Ciência multidisciplinar que estuda as variações regionais na distribuição dos elementos, principalmente os metálicos e metaloides, seu comportamento geológico-geoquímico, as contaminações naturais e antrópicas e os danos à saúde humana, animal ou vegetal por excesso ou deficiência.


DNPM realiza leilão de bens minerais apreendidos

O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) realizará, no dia 09 de novembro, em Porto Velho, Rondônia, o 1º leilão de bens minerais apreendidos deste ano. O evento será realizado no auditório da Superintendência do DNPM em Porto Velho. Serão leiloados cassiterita, columbita-tantalita, quartzo rutilado, entre outros minerais. Ao todo, irão a leilão 9 lotes. A descrição desses lotes poderá ser obtida no local de sua realização, nas Superintendências do DNPM em Porto Velho/RO ou no site do DNPM www.dnpm.gov.br e também por meio do edital.


Foto ilustrativa
Poderão participar pessoas físicas e pessoas jurídicas regularmente constituídas, inscritas no Cadastro de Pessoa Física (CPF) e no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), devidamente habilitada. O período de visitação dos lotes será de 1º a 8 de novembro de 2011 nas Superintendências do DNPM em Belém, com minerais em Itaituba (Pará); em Porto Velho,  Jarú e Bom Futuro (Rondônia); Cuiabá (Mato Grosso); e Boa Vista (Roraima). As datas deverão ser agendadas nas respectivas Superintendências.

Os lotes não arrematados poderão ser incluídos em um próximo leilão do DNPM, devendo os bens minerais retornarem para a responsabilidade da autarquia. O credenciamento para o leilão será nos dias 08 e 09 de novembro, das 9h às 17h30, sendo que  no dia 09, das 8h30 às 9h30.

Os lances ocorrerão no dia 09 de novembro, das 10h às 14h, ou até concluir os lotes.



O que: leilão de bens minerais apreendidos
Contatos: (11) 5906-0409 (79) 32313011 (61) 3312-6754.
Local: Superintendência do DNPM em Rondônia.
Endereço: Av. Lauro Sodré, 2.661 – Porto Velho/RO
Horário: das 10h às 14h
Data: 09/11

Veja o edital: clique aqui

Secretário defende mudança na legislação mineral

Em audiência pública nas comissões de Serviço de Infraestrutura e de Assuntos Econômicos do Senado Federal, o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Claudio Scliar, voltou a defender mudanças na legislação que rege o setor mineral brasileiro. As leis atuais, segundo o secretário, “são obsoletas, geram incertezas e judicializações”.

A pauta do encontro foi o Projeto de Lei nº 01/11, de autoria do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que altera a cobrança da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem), tema sob análise das duas comissões do Senado.

O secretário argumentou que a base de cálculo da legislação atual “muitas vezes não guarda adesão à dinâmica do mercado”. Para ele, a diferenciação das alíquotas não respeita critérios técnicos ou econômicos, e a sistemática pune a agregação de valor em território nacional e não diferencia projetos comuns de projetos de elevada rentabilidade. No entendimento do secretário, as leis 7.990/1989 e 8.001/1990 estão desatualizadas.

Durante a audiência, Cláudio Scliar fez uma rápida explanação sobre a evolução do recolhimento da Cfem. Segundo ele, entre 2004 e 2011, o valor recolhido aumentou de R$ 260 milhões para R$ 1 bilhão. Parte deste montante refere-se ao aumento do preço dos bens minerais, com destaque para o minério de ferro, e parte decorre “de uma melhor atuação do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM)”. Minas Gerais e Pará são os estados líderes em arrecadação da Cfem.

O secretário também apresentou um quadro com informações de 2003 a 2011 sobre a variação do preço de metais da “London Metais Of London” que não foram afetadas pelas leis que regulamentam o setor mineral de países como Chile, Índia, Peru, Canadá, Austrália e África do Sul.

Fonte: Ministério de Minas e Energia

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Mineração brasileira salta para quarto lugar no ranking mundial

A indústria de mineração do Brasil galgou quatro posições no ranking mundial em 30 anos, tornando-se a quarta do mundo ao final da década passada, com valor de US$ 36,8 bilhões. O estudo, da United States Geological Survey (USGS), entidade americana que é referência mundial do setor, foi reportado pela publicação especializada "Brasil Mineral". O levantamento da USGS, divulgado recentemente com dados globais até 2009, não inclui informações dos chamados minerais energéticos - petróleo, gás e carvão.


Conforme o estudo, a indústria mineral brasileira, com valor de US$ 4,3 bilhões, estava em oitavo lugar em 1978. Ficava atrás da chilena, chinesa, australiana, canadense, sul-africana, americana e soviética e apenas à frente de Peru e Índia, entre as dez maiores do mundo.Nas estatísticas de 1993 da USGS, a mineração brasileira triplicou seu valor e saltou para a sexta posição, tendo à frente Rússia, África do Sul, EUA, China e Austrália.

Na mais recente compilação de dados, o Brasil deixou para trás os EUA, Rússia e África do Sul, tendo à frente dois outros países integrantes dos Brics - China, na liderança, e Índia, em terceiro lugar. A indústria mineral australiana, na ponta no estudo de 1993, perdeu o posto para a chinesa.

Fonte: Valor Econômico

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Posse dos diretores destaca a valorização dos profissionais da CPRM

Roberto Santos, Eduardo Santa Helena, Manoel Barretto,
 Antônio Nunes e Thales Sampaio
A posse dos novos diretores do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) foi um momento importante para a empresa e o setor mineral no Brasil. Na ocasião, o diretor-presidente Manoel Barretto saudou os profissionais e superintendentes regionais da CPRM, convidados e autoridades. O evento, no Rio de Janeiro dia 6 de outubro, reuniu muitos funcionários que queriam escutar e conhecer pessoalmente os novos diretores. As superintendências e residências acompanharam o evento pela internet em tempo real.


Tomaram posse os diretores: de Administração e Finanças, Eduardo Santa Helena, de Relações Institucionais e Desenvolvimento, Antônio Carlos Bacelar Nunes; de Geologia e Recursos Minerais, Roberto Ventura Santos; Hidrologia e Gestão Territorial, Thales de Queiroz Sampaio.

Barretto falou dos desafios e das conquistas da CPRM, como o acordo coletivo e a questão do PCCS. “Criamos uma comissão que vai acompanhar a questão e identificar possíveis dificuldades, e vamos organizar um novo concurso em 2012”, informou o diretor-presidente. Para ele, a prioridade da nova gestão é melhor a comunicação interna, capacitar os profissionais, criar projetos inovadores, organizar mais congressos e valorizar o trabalho de todos.

No discurso de posse, Santa Helena destacou os avanços, como a Gratificação de Desempenho de Atividade Geocientífica (GDAG), a promoção, progressão e o plano de carreira. “O mundo muda muito rápido e queremos acompanhar essas mudanças. É essencial focar na gestão de pessoas e investir cada vez mais nos funcionários”.

Emocionado, Thales compartilhou a imensa alegria que estava sentindo e pediu a Deus humildade para essa nova jornada. “Precisamos formar novas parcerias e termos uma diretoria bastante integrada”. Em seguida, Bacelar afirmou que “gostaria de abraçar todos os presentes”. Disse que é como reviver o momento de quando recebeu o convite para se tornar geólogo da CPRM para trabalhar na Amazônia.

Para finalizar, Roberto Ventura disse que para a empresa crescer a CPRM precisa pensar no cliente. “Vamos investir nos gerentes e desenvolver líderes”, finalizou.

domingo, 2 de outubro de 2011

Funcionários de Salvador são homenageados por tempo de serviço


Na ultima sexta-feira (27/9), em Salvador, foram homenageados 13 empregados que completaram 35 e 40 anos de serviços prestados à CPRM e aniversariantes do 3º trimestre. Com as presenças do diretor-presidente da CPRM, Manoel Barretto, do subsecretario de Minas, Metalurgia e Transformação, Telton Correia, do superintendente de Salvador, Teobaldo Rodrigues, do presidente da Associação dos Empregados de Salvador, Cristovaldo Santos e demais colaboradores.

Após o ato solene de entrega dos diplomas e dos pins, foi degustado Caruru acompanhado de voz e violão da geóloga Karla Olindina e do geólogo Valter Sobrinho.

Confira as fotos: Homenagem aos funcionários de Salvador