A convite do Itamaraty e do Consulado Geral do Japão, a Assessoria de Assuntos Internacionais (Assuni), do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) participou do Seminário Nova Abordagem Japonesa para Utilização do Espaço, no dia 07 de fevereiro, no Rio de Janeiro. Um dos principais temas tratados no seminário foi a possibilidade de cooperação espacial entre os países da América do Sul e a Japan Aerospace Exploration Agency (JAXA).
O diretor executivo da JAXA, Hideshi Kozawa, falou sobre o Plano Básico do Governo Japonês para o Espaço, a nova direção e aplicação do programa espacial, a colaboração com indústria e cooperação técnica internacional. Kozawa ainda discutiu a política espacial japonesa, que inclui sistemas de satélites para: monitoramento de observações na terra e no mar; mudanças climáticas globais (global change); telecomunicação e posicionamento; e segurança nacional. A prioridade é o uso de satélites na contribuição no monitoramento e mitigação de desastres naturais; realização de estudos ambientais, como, por exemplo, reconhecimento de regiões de inundação e de seca; e o emprego como instrumento útil para coletar e disseminar informações de ampla cobertura.
Atualmente o Japão desenvolve cooperação na área espacial com cerca de 40 países, e as pesquisas com países asiáticos e da região do Pacífico em estudos ambientais alcançam significativo avanço. A JAXA está desenvolvendo junto com as indústrias IHI Corporation (Ishikawajima-Harima Heavy Industries), United Launch Alliance e Galaxy Express Corporation (GALEX), o foguete GX, primeiro a utilizar gás natural liquefeito como propelente.
Sérgio Schmitt, assessor da presidência do BNDES, enfatizou a significativa demanda brasileira por monitoramento de satélites, em função da extensão de suas fronteiras terrestres e marítimas de difícil acesso. Schmitt ainda recomendou que “as instituições nacionais dialoguem sobre as necessidades dos projetos, atraiam parceiros, capacitem pessoal e intensifiquem a busca por tecnologia”.
Participaram do evento a chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais, Maria Glícia da Nóbrega Coutinho, os técnicos Nicolau Teixeira Lage e Júlio Fernandes Lima, representantes de diversas instituições brasileiras e do meio acadêmico, Masaru Watanabe, cônsul-geral do Japão, Carlos Ganem, ex-presidente da Agência Espacial Brasileira.
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