segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Encontro discute ações preventivas e emergenciais para desastres naturais

Cassio Roberto da Silva, da CPRM, participa de mesa
redonda com representantes de outras instituições
O geólogo Cássio Roberto da Silva representou o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) em evento, na última quarta-feira (28/11), no Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, sobre a tragédia das chuvas de 2010 e 2011. O que foi feito e o que falta fazer para solucionar e prevenir os estragos ocasionadas pelos desastres naturais foram o mote do encontro, que reuniu representantes de diversos órgãos dos governos federal e estadual, e Prefeitura do Rio. O evento lembrou, principalmente, os danos causados pelas chuvas de janeiro e abril de 2010, em Niterói e Angra dos Reis, no Rio, e na Região Serrana, em janeiro de 2011, apresentando um balanço da situação, pelos órgãos e entidades envolvidos no estudo do tema.

O geólogo Cássio da Silva durante apresentação
Cássio da Silva apresentou as atividades realizadas pela empresa e deu ênfase às ações de mapeamento de risco realizadas nas áreas atingidas. O geólogo falou também sobre o início desse trabalho, antes não realizado pela instituição.  “A CPRM não tem tradição em desastres, estamos aprendendo a trabalhar com isso, principalmente depois da chamada do governo federal para a setorização de risco geológico nas áreas atingidas pelas chuvas. Foi um desafio. Hoje temos cerca de 50 geólogos trabalhando em desastres”, ressaltou.  Cássio lembrou que a meta da CPRM é mapear 821 municípios até 2014. “E até dezembro deste ano, a meta é concluir os 286 municípios, em todo o Brasil”. O geólogo aproveitou para lembrar da implantação do Sistema de Cadastro de Deslizamentos e Inundações (SCDI), que, até 2014, esses municípios deverão ter acesso.

Na abertura do evento, o presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossian, deu as boas vindas aos participantes, e explicou a importância do debate sobre as ações, defendendo a criação de um único órgão federal para fazer a organização geotécnica. Anna Laura Nunes, da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica (ABMS), concordou: “a centralização de ações poderiam ser mais eficientes para resolver esses problemas próximos”.

Geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos
lança livro durante palestra
O geólogo e diretor-presidente da ARS Geologia (SP), Álvaro Rodrigues dos Santos, encerrou o ciclo de palestras com apresentação de seu livro ‘Enchentes e Deslizamentos: Causas e Soluções’, sobre áreas de risco no Brasil, lançado este ano.  O geólogo elogiou os profissionais “de alta qualidade” da CPRM que atuam nesse setor, e defendeu a tomada de medidas preventivas e não apenas emergenciais, falando também dos erros suscetíveis. “Estamos melhores no ponto de vista tecnológico. Mas temos que perceber o risco de acomodamento ao enfoque emergencial. Recuperar o foco nas medidas e ações preventivas e corretivas, que vão evitar a produção de novas áreas de risco”, explicou. Rodrigues enfatizou a importância da carta geotécnica e carta de riscos: “a carta geotécnica é fundamental, é o nosso documento de planejamento”.

Público durante o evento
O ex-presidente da ABMS, Alberto Sayão, finalizou o evento com uma avaliação das apresentações, mediando um debate entre os participantes. Participaram da mesa de debates e palestras representantes do Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro (DRM), Fundação GeoRio, Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica (ABMS), Secretaria de Estado de Obras, Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e Ministério das Cidades.

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