quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Pesquisadores e representantes de governo debatem a importância do Aquífero Urucuia

Thales Sampaio fala das ações do governo federal e da
CPRM para a gestão dos recursos hídricos no país
Com o objetivo de debater e promover a gestão integrada e compartilhada do Aquífero Urucuia, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente da Bahia (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema) promoveram o Seminário Nacional sobre o Sistema Aquífero Urucuia. Realizado, nos dias 3 e 4 de dezembro, em Salvador (BA).

O evento contou com a participação de técnicos, representantes e gestores governamentais, e instituições voltadas para os estudos do aquífero, o segundo maior do país, com uma área aproximada de 140 mil km², e que estende-se, em maior ou menor proporção, pelos estados de Minas Gerais, Bahia, Piauí, Maranhão, Tocantins,  Goiás e o Distrito Federal.

Durante a abertura, o diretor de Hidrologia e Gestão Territorial do Serviço Geológico do Brasil  (CPRM), Thales Sampaio, falou das ações da instituição e do Governo Federal para a área de recursos hídricos no Brasil, com destaque para os diversos projetos da instituição voltados para o conhecimento das águas subterrâneas no país. Thales Sampaio abordou especialmente a Rede Integrada de Monitoramento das Águas Subterrâneas (Rimas), focalizando o Aquífero Urucuia.

Já a diretora-geral do Inema, Márcia Telles, destacou a importância do seminário. “Existe hoje uma grande preocupação com a preservação e o uso sustentável do Urucuia e o governo da Bahia  vem implementando políticas que buscam a conservação das reservas de águas subterrâneas. Para isso conta com um corpo técnico qualificado”, disse a diretora do Inema.

Palestra sobre a Rimas

Maria Antonieta apresenta a Rede Integrada de
Monitoramento das Águas Subterrâneas (RIMAS)
Em palestra proferida no dia 3, a geóloga e coordenadora da Rimas, Maria Antonieta Mourão, destacou a importância do monitoramento das águas subterrâneas para o pais. Segundo ela, o monitoramento deve ser permanente e contínuo, e que é preciso reunir o maior número de informações possíveis, como a identificação dos impactos causados pela ocupação dos terrenos na área dos aquíferos, pela captação das águas para os diversos usos, como abastecimento humano, para irrigação de áreas agrícolas, entre outros.

Antonieta apresentou números sobre a Rimas no Estado da Bahia, onde existem 60 poços inseridos à rede da CPRM. Segundo ela, em 2013 serão perfurados mais três poços estratigráficos que terão a finalidade de recolher informações sobre as camadas de rochas de uma bacia, buscando determinar os processos e eventos que as formaram, além de reunir outras informações geológicas.

Sobre parceria com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente da Bahia (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), a geóloga explicou que é fundamental para a manutenção e ampliação da rede no Estado. “Os dados já estão sendo compilados e disponibilizados para gestores públicos, acadêmicos e demais interessados”, afirmou.

Além do diretor Thales Sampaio e a coordenadora da Rimas, Maria Antonieta Mourão, pela CPRM participou do Seminário o gerente de Hidrologia e Gestão Territorial da Superintendência Regional de Salvador (Sureg-SA), Gustavo Carneiro. Também esteve presente ao evento o superintendente da Sureg-SA, Teobaldo de Oliveira Junior.

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