O geólogo Cássio Roberto da Silva durante apresentação |
O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) vai realizar o levantamento de áreas de risco em 821 municípios brasileiros. Outras 286 cidades que apresentam maior incidência para deslizamentos e enxurrada ganharão mapas de suscetibilidades que irão compor o banco de dados do Sistema de Cadastro de Desastres Naturais (SCDN), que congregará informações sobre eventos geológicos e geotécnicos dos municípios considerados críticos. O sistema tem a finalidade de unificar informações sobre tipos de desastres e intervenções realizadas em áreas de risco dessas localidades. A meta é concluir os trabalhos até 2014, quando 630 técnicos das Defesas Civis estaduais e municipais serão capacitados pela CPRM em gestão de riscos geotécnicos.
Mesa de aberura do evento |
Esses dados foram divulgados pelo chefe do Departamento de Gestão Territorial da CPRM, geólogo Cássio Roberto da Silva, durante palestra ministrada nesta segunda-feira (14/5), na abertura do Congresso Brasileiro sobre Desastres Naturais, que está sendo realizado no campus da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Rio Claro, São Paulo. Na ocasião, o geólogo apresentou ações que estão sendo desenvolvidas pela instituição na prevenção e monitoramento de desastres naturais. “Investir em prevenção é menos oneroso do que gastar em ações emergenciais de resposta aos desastres”, avaliou.
O geólogo explicou que a iniciativa faz parte de um programa do governo liderada pela Casa Civil da Presidência da República, que envolve vários órgãos governamentais. “É um programa prioritário para o governo que está sendo acompanhado pela presidenta Dilma Rousseff”, disse. Segundo ele, para enfrentar esse desafio, a CPRM está preparando concurso público para contratar pesquisadores em geociências para atuarem na área de riscos geológicos. O pesquisador falou também sobre a participação da CPRM na Força-Tarefa criada pelo governo no início deste ano, para mapear áreas de risco remanescentes em municípios da região serrana do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, atingidos por chuvas e tempestades neste verão.
Equipe participa do evento no estande da instituição |
Para o professor do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp, Sebastião Gomes de Carvalho, que faz parte da comissão organizadora do evento, a participação da CPRM no congresso é fundamental porque “agrega a expertise de profissionais experientes da principal instituição do país, responsável pela operacionalização das ações de prevenção de desastres naturais”, destacou Carvalho.
A abertura do congresso contou com a presença do Superintendente Regional de São Paulo, José Carlos Garcia Ferreira; da Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Unesp, Marilza Vieira Cunha Rudge; do vice-presidente do Instituto Geológico do Estado de São Paulo, Cláudio José, representantes da Defesa Civil de São Paulo; além de estudantes do IGCE e pesquisadores que atuam na área de geociências.
Durante o congresso pesquisadores da CPRM irão apresentar trabalhos técnicos sobre mapeamento de áreas de risco realizados em municípios do Amazonas, Santa Catarina, e Rio Grande do Sul.
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