O engenheiro Eronilton explica como são processadas as informações pela torre |
Estações telemétricas do Sistema de Alerta contra cheias acabam de ser instaladas pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) em municípios do interior do Rio de Janeiro e Minas Gerais. A iniciativa vai diminuir os impactos causados em épocas de enchentes nas cidades que são cortadas pela Bacia do rio Muriaé. O equipamento já está instalado nas cidades de Itaperuna (RJ); Cardoso Moreira (RJ); Porciúncula (RJ); Carangola (MG); e Patrocínio do Muriaé (MG).
As informações coletadas pelos equipamentos são transmitidas online com tecnologia GSM/GPRS a cada 15 minutos para os servidores da CPRM, onde uma equipe classifica os dados em três níveis de alerta: atenção, alerta e inundação. A partir do nível de alerta os órgãos responsáveis para a proteção, como a prefeitura e a defesa civil, são acionados. Em breve a CPRM também disponibilizará estas informações pela web e a população poderá acompanhar o nível dos rios em tempo real.
Equipe instala sensor submerso no município de Porciúncula (RJ) |
Sensores submersos - medem o nível do rio em centímetros, precipitação em milímetros, temperatura da água e a pressão atmosférica. É o que explica o engenheiro Eronilton Cavalcanti, responsável pelo projeto. Segundo ele, o objetivo do alerta é prevenir cheias, salvar vidas e bens materiais. “Nossa intenção é contribuir para o bem da sociedade. Em breve qualquer cidadão terá acesso a esses dados pela Web”, disse.
Para o secretário da defesa civil de Porciúncula, Gláucio Mansur, as informações cedidas pela CPRM serão importantes para o órgão rastrear em tempo real os possíveis riscos no município. “O trabalho do Serviço Geológico do Brasil no município será um diferencial. Teremos resposta imediata. Isso facilitará nossas ações de prevenção e teremos transparência nas informações cedidas à população”, explica.
Morador a 58 anos do município de Porciúncula, Elson Araújo conta que a última cheia agiu rapidamente e atingiu sua casa. “Tivemos que retirar todos os móveis do andar inferior e transferi-los para o superior da noite para o dia. Acredito que o sistema de alertas poderá ser útil para estarmos preparados com antecedência para enfrentar as cheias. Isso será muito favorável para população”, avalia o morador.
Sistema de Alertas contra cheias - O projeto está sendo coordenado pela Divisão de Hidrologia e executado por equipes do Escritório do Rio de Janeiro e da Superintendência de São Paulo. Ele está inserido também nas ações do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, lançado no ano passado pelo governo federal, com recursos do PAC. As ações do plano estão divididas em quatro eixos temáticos - prevenção, mapeamento, monitoramento e alerta e resposta a desastres. O trabalho está sendo coordenado pela da Casa Civil da Presidência da República.
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