De Brasília Valdir acompanha a localização dos profissionais que estão no campo |
Para garantir a segurança dos profissionais da empresa que atuam em regiões de difícil acesso e comunicação, a exemplo da Amazônia, A CPRM está adotando equipamento (SOPT) que envia informações sobre localização e coordenadas geográficas da pessoa que utiliza o aparelho. O equipamento é individual e armazena ainda informações pessoais, como nome e matrícula do empregado, além de contatos de emergência para acionar, caso algum imprevisto aconteça durantes os trabalhos de campo.
O sistema começou a ser implantado a partir de 2012, pelo Departamento de Recursos Minerais (Derem) - com as unidades regionais de Belém, Manaus, Porto Velho, Goiás e São Paulo -, que adquiriu 75 aparelhos utilizados por geólogos e técnicos que atuam em projetos de pesquisa na área de recursos minerais e mapeamento geológico em áreas desses estados. “A ideia é que nenhum profissional da CPRM vá para o campo sem este equipamento, pois em caso de imprevisto, temos condições de avaliar o pedido de ajuda e enviar o socorro adequado”, explica o diretor de Geologia e Recurso Minerais, Roberto Ventura.
De uso individual, o equipamento, pode ser usado no bolso, pulso ou mochila. Ele emite a cada dez minutos informações que são rastreadas por satélite sobre a localização de cada membro das equipes de campo. “Em acaso de incidente, basta acionar um dos botões: Siga-me, SOS e Ajuda - que uma mensagem de socorro é enviada para telefones celulares cadastrados no sistema”, explica o chefe do Derem, Francisco Valdir Silveira.
Sala de Situação – Central de segurança que será instalada em Brasília, com comunicação direta com as unidades regionais. Ela contará com pessoal especializado em segurança do trabalho, que irão acompanhar em tempo real a localização dos profissionais em atividade de campo. Valdir destaca a importância da iniciativa e recomenda aos geólogos e técnicos utilizarem o equipamento, como mais uma medida de segurança. “A intenção não é controlar, mas sim, garantir segurança ao pessoal que trabalha em regiões onde a comunicação é precária e de difícil acesso”, diz.
Segundo Valdir, de acordo com cada mensagem que chegar a equipe da sala de situação vai avaliar o risco e decidir que tipo de socorro enviar. “Se for um pedido de ajuda para um automóvel que quebrou, enviaremos um carro para fazer o resgate. Se é algo mais grave, podemos acionar um helicóptero, polícia federal, policia rodoviária, hospitais mais próximos, diretores e gerentes regionais”, destaca.
Resultado - Era para ser mais uma etapa de campo na região do Tapajós, no Pará, onde a CPRM está executando um projeto de metalogenia. A equipe formada pelos geólogos João Marcelo, Stella Bijos Guimarães e o técnico Pedro Almeida, retornava para o município de Castelo dos Sonhos, após mais um de dia trabalho. Eles percorriam uma estrada vicinal de terra, quando o carro em que estavam tombou ao passar sobre uma ponte de madeira que ruiu. Apesar do justo ninguém se feriu. Esse incidente ilustra bem os riscos e imprevistos que os profissionais da empresa enfrentam durantes os trabalhos de campo.
“Após o acidente a gente tentou pedir ajuda por telefone via satélite, mas ele não funcionou. Então tomamos a decisão de acionar o Spot para pedir ajuda, que chegou em menos de duas horas”, diz Estela. A geóloga recomenda aos colegas usar o equipamento, pois ele já provou que funciona de verdade. “Andar na Amazônia é diferente e complicado por causa da vegetação e vias de difícil acesso. O SPOT dá segurança, pois a gente nunca sabe o que pode acontecer”, avalia.
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