A partir desse mês, o Laboratório de Petrografia e Microanálises da CPRM, instalado no Departamento de Recursos Minerais (DEREM), em Brasília, contará com duas platinas de aquecimento e resfriamento para estudo de inclusões fluidas em minerais transparentes e opacos.
O estudo de inclusões fluidas permite obter informações sobre a formação de minerais, tais como: temperatura, pressão e composição. Deste modo, auxilia a caracterizar sua origem e evolução ao longo do tempo geológico, e contribui no entendimento da gênese de depósitos minerais.
O estudo já era feito anteriormente pelo DEREM em universidades conveniadas que possuiam os equipamentos, porém a aquisição pela DGM/DEREM permitirá que os estudos caminhem de maneira mais rápida e eficaz, além de formar técnicos especialistas.
O que são inclusões fluidas
Inclusões fluidas são bolhas de líquidos e/ou gases aprisionados dentro das fases minerais de uma determinada rocha, durante processos metamórficos e/ou hidrotermais. As mesmas se formam a partir da captura dessas fases líquidas ou gasosas e se concentram na estrutura ou em fraturas do mineral num dado momento de sua história.
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| Exemplos de inclusões fluidas |
O estudo requer uma pesquisa minuciosa e cheia de detalhes, onde a maior dificuldade se da pelo fato, na maioria dos casos, das dimensões reduzidas que as inclusões apresentam (inclusões com mais de 100µm são raras). Contudo, o fato de serem geralmente de pequeno porte não invalida a importância do seu estudo.
Após as descrições petrográficas das inclusões ocorre a análise microtermométrica, que consiste em uma observação cautelosa das mudanças de fases durante os processos de aquecimento e resfriamento controlados.
A depender da composição do fluido poderão estar envolvidas nestes processos transformações de fases. Ao conhecer as temperaturas em que as transformações de fases ocorrem é possível estimar os estados de pressão, temperatura, composição e salinidade do fluido no momento de seu aprisionamento.
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