quarta-feira, 29 de maio de 2013

Pesquisador representa CPRM durante Seminário Brasil-Japão

Pesquisador Eugênio Frazão durante Seminário

O pesquisador Eugênio Frazão, assistente da Diretoria de Geologia e Mineração (DGM) representou o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), nessa terça-feira (28/5), no Palácio do Itamaraty, em Brasília, durante Seminário Brasil-Japão sobre Cooperação Científica no Atlântico Sul.

O evento discutiu os resultados do cruzeiro Iatá-Piúna “Navegando em águas profundas e escuras, na língua Tupi-Guarani”, obtidos na Elevação do Rio Grande, na Dorsal de São Paulo e no Platô de São Paulo a partir dos mergulhos realizados com o submersível Shinkai 6500 conduzidos a bordo do navio R/V Yokosuka, ambos pertencentes a Agência Japonesa de Ciência da Terra e Mar (JAMSTEC). A expedição é fruto da parceria entre a CPRM, o Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP) e a JAMSTEC.


Segundo o pesquisador Eugênio Frazão, desde o ano de 2009 o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) vêm executando trabalhos em Águas Internacionais do Atlântico Sul e na Zona Econômica Exclusiva (ZEE) nas 200 milhas náuticas pertencentes ao Brasil, desenvolvendo projetos como o da Elevação do Rio Grande (PROERG) (Entenda melhor a Elevação) e da Cordilheira Meso-Atlântica (PROCORDILHEIRA), ambos do Programa de Prospecção e Exploração de Recursos Minerais da Área Internacional do Atlântico Sul e Equatorial (PROAREA) que tem como objetivo identificar e avaliar a potencialidade mineral de áreas com importância econômica e político-estratégicas para o Brasil, lembrando que este programa vem sendo desenvolvido no âmbito do Programa Geologia do Brasil pertencente à CPRM.

Mesa de abertura
Frazão durante sua apresentação fez uma abordagem geral sobre os projetos da CPRM existentes na área internacional, além dos projetos da Elevação do Rio Grande e da Dorsal de São Paulo. Falou ainda dos projetos que estão sendo executados na Zona Econômica Exclusiva (ZEE) como: Projeto PROJEQUITINHONHA, GRANMAR e o de Erosão Costeira.  A parceria com o Japão poderá também se estender a novos projetos da CPRM, a serem executados na parte emersa e submersa. 

Para Eugênio o evento é importante para divulgar a expedição Iatá-Piuna e o sucesso desta, para a comunidade científica e é o principal marco da cooperação Brasil-Japão em Oceanografia, Ciências do Mar e Tecnologia de Oceanos, iniciativa decorrente de acordo de cooperação técnica, celebrado entre o Serviço Geológico Brasileiro (CPRM), o Instituto de Oceanografia da Universidade de São Paulo (IO-USP) e a Agência Japonesa de Ciências do Mar e da Terra (JAMSTEC).

De acordo com Eugênio Frazão, a cooperação entre Brasil-Japão trouxe inúmeros benefícios e novas descobertas cientificas. Como há dois anos, durante dragagens na Elevação do Rio Grande com o navio francês R/V Marion Dufresne onde foram retiradas do assoalho oceânico rochas graníticas, rocha esta considerada de origem continental. Antes do mergulho existiam inúmeras duvidas em relação a proveniência destas rochas, pois acreditava-se que tais rochas fossem provenientes de lastros de navios, utilizando-se o submersível Shinkai 6500 foi possível comprovar a existência das mesmas no local e existência de areia quartzosa, proveniente da erosão de tais rochas. Em tal profundidade não seria possível encontrar sedimentos quartzosos, somente sedimentos carbônaticos. 

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