Grupo de pesquisadores ao lado do modelo de Tropeognathus |
O diretor do Museu de Ciências da Terra, Diógenes de Almeida Campos, participou nesta quarta-feira (20/03), da apresentação da mais recente descoberta paleontológica brasileira. Trata-se do mais importante réptil voador pré-histórico já encontrado no país. O evento aconteceu no Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Na ocasião, fragmentos de fósseis do pterossauro foram exibidos aos convidados e a imprensa. Um dos fragmentos que permitiu a descoberta dessa nova espécie pertence ao Museu de Ciências da Terra, que após convênio com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) está sendo administrado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
O grupo de palestrantes liderado pelo professor e pesquisador Alexander Kellner revelou dados de seus estudos e apresentou as características do réptil. Segundo ele, o espécime de Tropeognathus, chamado de “Gigante Voador”, quebra paradigmas da paleontologia, provando que os animais de grande porte são mais antigos do que se acreditava. Kellner ainda disse que a Formação Romualdo, na Chapada do Araripe, onde os fragmentos foram encontrados deve ser valorizada. “Temos que olhar para o que temos no Brasil. A região é, sem dúvida, um dos mais importantes depósitos com fósseis no mundo”, disse o pesquisador.
Os fósseis e os modelos de crânio dos “Gigantes Voadores” |
Diógenes Campos, que também palestrou no evento, frisou a relevância do acordo entre a CPRM e o DNPM para administrar o Museu de Ciências da Terra. Ele reiterou a importância da preservação dos sítios paleontológicos do País. “O grande problema que o Brasil enfrenta na Chapada do Araripe é o tráfico de fósseis, e a defesa dos depósitos é extremamente necessária”, disse o diretor.
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