Equipe usa nova tecnologia em Nova Friburgo (RJ) |
Pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) estão percorrendo municípios brasileiros para mapear áreas de risco. Até o momento já foram mapeadas 319 cidades, onde os técnicos detectaram 3.555 setores de risco, que afetam mais de 380 mil moradias. E 1.677.881 mil pessoas residem nessas áreas de risco. A Meta é realizar o levantamento em outros 500 municípios até o final do ano que vem. As ações de prevenção da CPRM estão inseridas no Plano Nacional de Gestão de Risco e Resposta a Desastres Naturais, lançado pelo Governo Federal no ano passado.
Na semana passada, os pesquisadores estiveram no município de Nova Friburgo (RJ), para testar nova metodologia que irá auxiliar na elaboração dos estudos. O procedimento serve para identificar os locais que estão sofrendo deformação em encostas sujeitas a processos de movimentação de massa, utilizando novas ferramentas na análise de imagens de alta resolução por satélite e radar.
Equipe durante trabalho de campo |
A área de estudo selecionada compreende cerca de 750 km² e cobre aproximadamente 80% do território do município de Nova Friburgo que vem sendo afetada por fortes chuvas e tempestades nos últimos anos. Com análise de imagens anteriores e posteriores aos eventos climáticos, os técnicos aplicarão o método da interferometria, que identifica as mudanças do terreno.
O geólogo Jorge Pimentel conta que a CPRM investiu na formação de uma equipe de especialista em risco geológico composta por técnicos das unidades regionais. “É fundamental o uso de novas tecnologias. Por isso o curso foi pensado e elaborado visando capacitar os profissionais da CPRM na interpretação de dados para gerar mapas de prevenção.” Segundo o geólogo, o trabalho busca ajudar a defesa civil a salvar vidas e pensar em formas de antecipar possíveis desastres naturais, disse.
Morador há 50 anos de Nova Friburgo, Theodoro Cardozo de Oliveira ressaltou a importância do estudo da CPRM na região. “O trabalho da CPRM é muito valorizado por aqui. Precisamos de profissionais capazes de mudar o quadro atual. O estudo de vocês vai ajudar bastante a população”, disse Oliveira.
A nova metodologia poderá também ser aplicada no monitoramento de terrenos em Teresina (PI), Cajamar (SP), Almirante Tamandaré (PR) e Lapão (BA), que apresentaram histórico de afundamento.
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