CPRM está mapeando áreas de risco em São Paulo

Área de risco localizada no município de Registro (SP)

Pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) estão percorrendo municípios do estado de São Paulo para mapear áreas sujeitas ao risco de enchentes, deslizamentos e inundações. O trabalho começou em novembro do ano passado quando foram visitados 11 municípios. Este ano mais 23 cidades do estado vão receber o estudo da CPRM, totalizando 34 municípios com áreas de risco caracterizadas e delimitadas no estado.

O trabalho está sendo executado pela equipe de geólogos da Superintendência  Regional de São Paulo. Os pesquisadores estão analisando municípios localizados na região da Serra do Mar e do interior. Santo André, Sumaré, Campinas, Itú, Amparo, Artur Nogueira, Limeira, Santana do Parnaíba, São Pedro, Atibaia, Bragança, Paulista e Carapicuíba estão na lista das cidades que já estão com suas áreas de risco mapeadas pela CPRM. Bauru, Águas de Lindóia, Marília, Avaré, Morungaba, Pacaembú, Lindóia  e Pinhalzinho vão receber o estudo até agosto. 

Carapicuíba (SP) também recebeu a visita de
geólogos da CPRM

“O que podemos resumir sobre os municípios que já realizamos o levantamento é que, os que estão localizados na região da Serra do Mar, como Santo André, possuem muitos pontos de deslizamentos. Já municípios da região litorânea possuem grandes problemas de inundações e enchentes; nas porções de encosta, o problema são os deslizamentos; e no interior o problema está relacionado aos processos erosivos como a formação e ampliação de voçorocas, enchentes, inundações e solapamento”, explica a geóloga Andrea Fregolente Lazaretti, que atua na equipe de risco geológico da Superintendência de São Paulo.  

Os mapeamentos das áreas de risco no país estão inseridos nas ações do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, lançado no ano passado pelo governo federal e inseridos no PAC. As ações do plano estão divididas em quatro eixos temáticos - prevenção, mapeamento, monitoramento e alerta e resposta a desastres. O trabalho está sendo coordenado pela da Casa Civil da Presidência da República.

A missão da CPRM é mapear áreas de risco em 821 municípios brasileiros até o ano que vem.  Até o momento já foram mapeados 387 municípios.  Os dados do estudo são compartilhados com os gestores municipais, Defesa Civil, Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemadem). 

A equipe de São Paulo é formada pelos pesquisadores em geociências Antônio Teodorovicz, Andrea Fregolente, Deyna Pinho, Gilberto Lima, Maria Cecília de Medeiros Silveira e Sueli Akemi Tomita. Os trabalhos são coordenados pela geóloga Angela Teodorovicz. A equipe de São Paulo também conta com o apoio de Anselmo de Carvalho Pedrazzi (MG), Thiago Dutra (RJ), Pedro Pfaltzgraff (RJ), Breno Beltrão (PE). Os geólogos de São Paulo também foram os  responsáveis  pelo mapeamento de áreas de risco em cinco municípios do estado do Espírito Santo: Serra, Governador Lindenberg,  Itarana, Apiacá e João Neiva.