Manoel Barretto destacou os principais projetos da CPRM |
O Simpósio sobre Recursos Minerais no Brasil reúne no Rio de Janeiro, entre os dias 13 e 14 de agosto, especialistas, acadêmicos, representantes do governo e da iniciativa privada. Juntos eles estão debatendo gargalos e desafios da política, pesquisa e exploração mineral no País. A abertura do evento contou com presença do secretário (SGM/MME), Carlos Nogueira, e do diretor da CPRM, Manoel Barretto, e do pesquisador Diógenes de Almeida Campos, membro da ABC e mediador da primeira sessão de debates.
O secretário Carlos Nogueira participou dos debates na sessão que discutiu o Brasil no mundo mineral. Nogueira apresentou panorama e desafios do setor mineral brasileiro. Ele destacou a importância da indústria mineral para a economia e defendeu as mudanças que o governo está propondo para modernizar o setor. Nogueira disse que o marco regulatório da mineração visa regular e alavancar investimentos no setor. “O País não pode deixar de ter instrumentos de gestão dos recursos minerais. O projeto está no Congresso Nacional para ser debatido com a sociedade”, disse.
O diretor-presidente participou da sessão que debateu o potencial mineral do Brasil. Barretto apresentou os principais projetos que estão sendo executados pela empresa e destacou a importância da instituição com o novo marco regulatório do setor. Ele falou também sobre perspectivas para a pesquisa mineral no Brasil e as novas fronteiras de conhecimento geológico que a CPRM está buscando ao desenvolver o programa de geologia marinha. “Esse estudo tem um significado científico e também geopolítico, pois busca ampliar a presença brasileira no Atlântico”, afirmou.
Secretário Carlos Nogueira defendeu propostas do Marco Regulatório |
O debate reuniu renomados pesquisadores e especialistas do setor |
Sobre o programa de aerogeofísica, Barretto lembrou a relevância do estudo. Ele disse que praticamente todo o território já está mapeado com levantamentos que utilizam modernas ferramentas tecnológicas para delinear áreas promissoras à atividade mineral. “A CPRM mantém também parecias importantes com os Estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Bahia e Goiás para alavancar o conhecimento de áreas interessantes do ponto de vista geológico. Já temos mais de 10 milhões de perfis com dados substanciais”, disse.
Marco regulatório - Manoel Barretto descartou a possibilidade da CPRM competir com empresas privadas na área de pesquisa mineral. Ele afirmou ainda que a instituição continuará a realizar atividades de Serviço Geológico. De acordo com ele, com o novo marco regulatório a CPRM terá a incumbência de assessorar o Conselho Nacional de Politica Mineral, na formulação de políticas para o setor. Ele destacou ainda que “Vamos continuar realizando trabalhos de mapeamento de áreas de risco, pois é um trabalho importantíssimo que não vamos deixar de fazer”. “Hoje temos 50 pesquisadores atuando nessa área”, disse.
O simpósio discute desafios da política, pesquisa e exploração mineral no País |
O diretor-presidente também lembrou que empresa está perfurando poços no semiárido do Nordeste para levar água de qualidade a milhares de pessoas. Segundo ele, a CPRM tem a meta de perfurar 21 poços profundos este ano, e mais 40 serão perfurados no ano que vem. “Temos capacidade técnica, pessoal qualificado para atender as demandas do marco regulatório e de Serviço Geológico”, disse. Barretto comentou que instituição vai receber 355 novos profissionais - sendo 206 geólogos que serão contratados pelo concurso público que a empresa acaba de realizar este mês.
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