quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Associação Brasileira de Águas Subterrâneas elege a diretoria para o biênio 2013/2014

Waldir Duarte, apresenta trabalho na
Sessão Pôster durante o Congresso
Brasileiro de Águas Subterrâneas
No último dia da realização do XVII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, realizado em Bonito, no estado do Mato Grosso do Sul, a Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS), realizou eleição para a nova diretoria da entidade, para o biênio 2013/2014. A chapa “Sustentabilidade”, encabeçada por Waldir Duarte Costa Filho, foi eleita com 98% dos votos válidos.

A nova diretoria da ABAS terá dois representantes da CPRM. O cargo de presidente da entidade será ocupado por Waldir Duarte Costa Filho, pesquisador em Geociências lotado na Superintendência de Recife (Sureg-RE); e como segunda vice-presidente da Abas, foi eleita a pesquisadora em Geociências da Sureg-BH, Maria Antonieta Alcântara Mourão. A nova diretoria assume a gestão da entidade no dia 1º de janeiro e a cerimônia de posse será no dia 1º de fevereiro.

Confira a diretoria eleita

Diretoria Executiva:

Presidente: Waldir Duarte Costa Filho (PE)
1º Vice-Presidente: Claudio Pereira Oliveira (RS)
2º Vice-Presidente: Maria Antonieta Alcântara Mourão (MG)
Secretário Geral: Débora Perozzo (MT/CO)
Secretário Executivo: Everton de Oliveira (SP)

Tesoureiro: José Lázaro Gomes (SP)

Conselho Deliberativo:


Carlos Alberto de Freitas (MG)
Carlos Eduardo Dorneles Vieira (PR)
Cláudio Luiz Rebello Vidal (RJ)
Elisa de Souza Bento Fernandes (RJ)
Francisco de Assis Matos de Abreu (PA)
Humberto Alves Ribeiro Neto (BA)
João Bosco de Andrade Morais (CE)

Conselho Fiscal:


Titulares

Álvaro Magalhães Junior (SC)
Suely Schuartz Pacheco Mestrinho (BA)
Gustavo Alves da Silva (SP)


Suplentes

Helena Magalhães Porto Lira (PE)
Maria do Carmo Neves dos Santos (AM)
Maria da Conceição Rabelo Gomes (CE)

Manoel Barretto participa de homenagem aos empregados em Salvador

Diretor-presidente durante entrega de diploma a
Ana Cristina Neves pelos seus 25 de CPRM
O diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Manoel Barretto, participou, na última sexta-feira, (26/10), de homenagem aos empregados da Superintendência Regional de Salvador.  Na ocasião foram entregues diplomas de 15, 25, 35 e 40 anos de trabalho na empresa, a 10 empregados da unidade. A homenagem representa o reconhecimento da CPRM pelo compromisso e dedicação desses profissionais que não apenas testemunharam, mas também foram protagonistas do crescimento e fortalecimento da instituição.


Manoel Barretto parabenizou os homenageados e fez um retrospecto das diversas fases da CPRM na Bahia até a atualidade. O diretor-presidente destacou também a necessidade da realização de novo concurso para cumprir os compromissos assumidos com o governo na prevenção a desastres naturais, ampliação dos estudos de geologia marinha; e os desafios da empresa com o novo marco regulatório do setor mineral brasileiro.

 
A homenagem reuniu empregados e familiares
 
Durante a entrega dos diplomas, os homenageados fizeram discursos emocionados relatando momentos especiais, experiências e a gratificação em ter seu trabalho reconhecido pela empresa. O evento contou com presença do superintendente Teobaldo Rodrigues; do presidente da Associação de Empregados, Erison Soares Lima, colaboradores da unidade e familiares dos homenageados.

Congresso avançou nas discussões sobre futuro das águas subterrâneas

Debate sobre o futuro do Sistema Nacional de Gestão
de Recursos Hídricos
O XVII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, realizado em Bonito, na semana passada, atraiu cerca 800 participantes, entre pesquisadores, profissionais de ciências da terra e estudantes universitários que acompanharam discussões de mais de 80 temas que abordaram o protagonismo da água subterrânea para o desenvolvimento do País. Valdir Duarte Costa Filho, pesquisador da CPRM foi eleito para presidir a Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (Abas) durante o biênio 2013/2014. A próxima edição do congresso será em 2014, Belo Horizonte e Campinas estão na disputa para sediar o evento.

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) teve atuação de destaque durante o encontro. Nossos pesquisadores apresentaram mais de 40 trabalhos de nas sessões técnicas, além da participação ativa em conferências, painéis, mesas redondas e palestras. O diretor de Hidrologia e Gestão Territorial, Thales Sampaio, foi um dos debatedores do talk show que discutiu o futuro do Sistema Nacional de Gestão de Recursos Hídricos. O debate moderado por Patrícia Helena Boson, da FIEMG, contou com a participação do pesquisador Francisco de Assis de Souza Filho; de António Chambel, de Portugal; Percy Soares, da CNI; e Paulo Lopes Varella Neto, da Agência Nacional de águas (ANA).
Na ocasião, os debatedores discutiram a importância das políticas públicas, os entraves, fragilidades institucionais e a implementação de instrumentos de gestão mais eficiente. Sampaio fez uma reflexão sobre a necessidade de se estender o debate à sociedade. “Temos que ter uma interação maior entre as esferas federal, estadual e municipal”, defendeu o diretor.
Entrega do Prêmio Aldo Rebouças


Prêmio Aldo Rebouças - na edição deste ano, a homenagem foi para a turma de geologia de 1962 da Universidade Federal de Pernambuco, reconhecida por ter formado dezenas de profissionais que se destacaram na área da hidrogeologia. O prêmio foi entregue ao professor Waldir Duarte da Costa, um dos expoentes da turma.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

CPRM participa de debate sobre integração na Amazônia

Roberto Ventura explicou a importância 
dos projetos da CPRM na Amazônia

O diretor de Geologia e Recursos Minerais do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Roberto Ventura, participou, nesta segunda-feira, (29/10) em Brasília, de reunião promovida pelo Centro de Estudos Estratégicos do Exército, para discutir propostas de integração da Amazônia.  O encontro serviu para subsidiar o planejamento estratégico do exército brasileiro na região e contou com a participação de oficiais do exército, marinha, aeronáutica, diplomatas, estudantes, além de representantes de diversos ministérios, do legislativo e judiciário.

Ventura foi um dos debatedores do painel: “áreas estratégicas do Brasil e a defesa do interesse nacional.” Na ocasião, o diretor apresentou os principais projetos que estão sendo executados pela CPRM.  Ventura explicou que a empresa está desenvolvendo projetos considerados estratégicos pelo governo. Entre eles, citou o projeto de geologia marinha que visa avaliar o potencial mineral e ampliar a presença brasileira no Atlântico; o programa de Terras Raras, que está mapeando ocorrências desses minerais no subsolo brasileiro; e o projeto cartografia da Amazônia, que tem as forças armadas como parceiro.


O encontro serviu para subsidiar o planejamento 
estratégico do exército na região
Segundo ventura, o projeto Cartografia da Amazônia vai proporcionar o planejamento e a execução de projetos de infraestrutura para a região. As informações geradas também servirão para o monitoramento de segurança e defesa nacional, especialmente nas áreas de fronteira. “Estamos produzindo conhecimento importante para integração da Amazônia”, afirmou o diretor, que ressaltou ainda que o investimento maior da CPRM na região tem sido na intensificação dos levantamentos aerogeofísicos. “Precisamos conhecer o subsolo para poder gerenciar melhor nossos recursos minerais”, disse.

O general Vilas Boas, Comandante Miliar da Amazônia concordou com a avaliação de Ventura. Segundo o oficial, as riquezas no subsolo da Amazônia estão mensuradas  em R$ 17 trilhões. “É preciso conhecer e proteger nossos recursos minerais, principalmente os que estão situados em faixa de fronteira”, disse o general.  Para ele,  é preciso integrar a região ao restante do País. “São cerca de 10 milhões de habitantes e uma faixa de terra que faz fronteira com nove países, o que corresponde a 27 % do território”,  destacou Vilas Boas.   “Vamos dar todo apoio logístico que a CPRM precisar para que ela desenvolva estudos na região”, afirmou o general.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

“Desenvolvimento sustentável do Brasil também é nossa missão”, afirma diretor Santa Helena

Diretor Eduardo Santa Helena durante discurso

O diretor de Administração e Finanças (DAF) do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Eduardo Santa Helena, falou durante o lançamento do Programa de Sustentabilidade, nesta terça-feira, (23/10) no escritório do Rio de Janeiro, sobre a importância da inserção de projetos voltados para sustentabilidade dentro da empresa. Ele destacou o apoio da instituição ao programa.

Nos próximos dias, a rotina dos colaboradores vai mudar de acordo com projetos que estão sendo lançados, entre eles, a revitalização da coleta seletiva. Segundo Santa Helena, o desenvolvimento sustentável do Brasil também faz parte da missão da CPRM, por isso a importância da adesão ao programa. Ele ressaltou que a empresa dá início a uma nova cultura no ambiente de trabalho, em busca de resultados.

Empregados prestigiam apresentação do programa
“A empresa passa por momentos importantes. Desde 2003 estamos em uma crescente melhoria nas questões orçamentárias e financeiras com a inserção das nossas ações no PAC e agora com a questão do risco geológico. A temática da sustentabilidade vem sendo tratada com diversas ações, e a cada dia, precisamos acrescentar estas ações na nossa rotina de trabalho. E dar destinação correta para  o lixo gerado por nós, é também uma questão cultural”, refletiu o diretor.
  
O Programa de Sustentabilidade, coordenado pela assessora da DAF, Isabel Cristina Tombini, implementa uma política que aborda conceitos de sustentabilidade dentro da rotina do trabalho e que tem como objetivo  contribuir na busca de resultados mais efetivos em relação ao meio ambiente.

CPRM participa de encontro sobre igualdade de gênero e raça

Sandra Schneider durante a oficina no período da tarde
A Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) realizou ontem (25/10), em Brasília, a oficina “Práticas de Igualdade”. Compareceram organizações, públicas e privadas, que fazem parte do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça do Governo Federal.

O evento faz parte do cronograma da 4ª edição do Programa e tem como finalidade compartilhar ações positivas e promover debates acerca da relação entre gênero e raça e as diferenças salariais entre homens e mulheres; e ascensão funcional a cargos de direção e chefia.

Sandra Schneider, coordenadora do Comitê Nacional de Pró-Equidade de Gênero e Raça da CPRM, afirmou a importância do encontro para a execução do programa em todas as entidades participantes. “A troca de experiências entre as diversas organizações é um suporte fundamental para alcançarmos o desafio que é a promoção de igualdade entre mulheres e homens”, lembrou.

Gláucia Fraccaro, coordenadora do Programa na SPM, afirmou que a atividade ocorre desde a primeira edição do Pró-Equidade de Gênero e Raça e salientou que cada uma das empresas tem dificuldades específicas e formas diferentes de saná-las. “Esse momento de encontro é indispensável para que cada instituição possa enriquecer o seu Plano de Ações a partir das soluções e percalços relatados pelos outros participantes”, evidenciou Fraccaro.

Pela manhã, uma mesa-redonda abordou o tema ‘Trabalho, Gênero, Raça e Etnia’, com enfoque nas diferenças salariais entre homens e mulheres e a ascensão funcional de mulheres a cargos de direção e chefia.

Abertura do evento
À tarde, ocorreu um trabalho em grupo com membros dos comitês de gênero das empresas e organizações, trazendo exemplos de pró-equidade desenvolvidos entre os participantes do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça.

A abertura foi feita pela secretária nacional de Avaliação de Políticas e Autonomia Econômica das Mulheres, da SPM, Tatau Godinho. Estiveram presentes na mesa a oficial de Projetos de Promoção da Igualdade de Gênero e Raça no Mundo do Trabalho da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Ana Carolina Querino; a secretária Executiva da Secretaria de Políticas para as mulheres ( SPM), Lourdes bandeira; a diretora de programas na Secretaria de Políticas Afirmativas da Secretaria de Políticas para Promoção da Igualdade Racial( Seppir), Mônica Oliveira; e a coordenadora do Comitê Permanente de Gênero do Ministério de Minas e Energia e Empresas Vinculadas (MME), Eliane Guedes.

Nota da Ministra Eleonora sobre a ascensão do Brasil no Relatório Mundial de Gênero

É com satisfação que se vê no The Global Gender Gap Report 2012, do Fórum Econômico Mundial de 2012, a posição ascendente do Brasil em relação às mulheres. Esse relatório, que monitora as disparidades de gênero, informa a mudança ocorrida na posição do Brasil - que, localizado na 82a posição, em 2011, passa para 62a no ranking dos países analisados. O Brasil ascendeu 20 posições nesse índice, atingindo a melhor colocação desde sua criação, há sete anos.

Essa mudança positiva se deve às políticas públicas desenvolvidas no âmbito da participação econômica, do acesso à educação, do empoderamento político e da melhoria das condições de saúde para as mulheres, que foram avaliadas pelo relatório.

O resultado advém de uma fonte externa - Foro de Davos -, que atesta o esforço concentrado do governo da presidenta Dilma por uma cobertura cada vez mais ampla na área da saúde, com diminuição da mortalidade materna; e revela o evidente empoderamento das mulheres. Em 2011, os ministérios liderados por mulheres eram 7%, enquanto que, em 2012, passaram a 27%. São políticas e ações desenvolvidas desde o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que apontam um indubitável enfrentamento às desigualdades, e, em particular, as que atingem as mulheres.


Eleonora Menicucci
Ministra de Estado Chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres 

Pesquisadores reúnem-se com a Defesa Civil do Rio Grande do Sul

Diogo Rodrigues da Silva, José Leonardo Andriotti,
Carlos Augusto Brasil Peixoto, coronel Ederson Carlos Franco
da Silva, Jorge Pimentel, Ana Claudia Viero e Giovani Parisi
Para apresentar as atividades de setorização programadas ainda em 2012, para as áreas de risco no estado do Rio Grande do Sul, o superintendente Regional da CPRM de Porto Alegre, José Leonardo Silva Andriotti e o coordenador nacional das atividades de setorização de áreas de risco, geólogo Jorge Pimentel, reuniram-se com o subchefe da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, coronel Oscar Luis Moiano, e com o chefe da Divisão de Apoio Técnico, coronel Ederson Carlos Franco da Silva.

O encontro ocorreu no dia 24/10 na sede da Defesa Civil, no Palácio Piratini, em Porto Alegre. A reunião também contou com a participação dos geólogos da Sureg-PA, Ana Claudia Viero, Carlos Augusto Brasil Peixoto, Diogo Rodrigues da Silva e Giovani Parisi.
Na reunião os representantes da Defesa Civil manifestaram sua satisfação em relação ao curso de capacitação de técnicos municipais na gestão de desastres naturais, ministrado de 15 a 19 de outubro, em Caxias do Sul, pelos geólogos Jorge Pimental (RJ), Breno Beltrão e Bruno Eldorf, ambos da Superintendência Regional de Recife (Sureg-RE), e solicitaram uma nova edição no primeiro semestre de 2013.


Atividades de campo em comunidade de área de

risco em Porto Alegre
Na oportunidade, os pesquisadores da CPRM visitaram o Centro de Operações da Defesa Civil onde são monitoradas as situações de crise. Durante a visita, acompanharam uma demonstração do sistema de dados gerenciados pelo Estado. O coordenador executivo do Departamento de Gestão Territorial da CPRM, Jorge Pimentel, informou a possibilidade de integração a este sistema do Sistema de Cadastro de Deslizamentos e Inundações (SCDI), desenvolvido pela CPRM e cuja alimentação deverá ser realizada pelos municípios.

Atividades de campo

Um dia antes da visita à Defesa Civil do Rio Grande do Sul, os geólogos da equipe de setorização de risco da Sureg/PA e o coordenador Jorge Pimentel realizaram atividades de campo em Porto Alegre, com a participação de técnicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Defesa Civil municipal, além do engenheiro Luiz Bressani, consultor da CPRM. O objetivo foi conhecer os trabalhos realizados pelos técnicos municipais e homogeneizar os entendimentos em relação a tipologia dos processos e a magnitude dos riscos.

Estudo testa método de interpolação para projeto hidrogeológico em bacias sedimentares no Nordeste

Manoel Júlio Galvão fala dos resultados obtidos com
a ferramenta IDW utiliizando o módulo Barrier
Na quarta-feira (24/10), o pesquisador do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Manoel Júlio Galvão, fez a apresentação do tema: Aspectos Hidroquímicos da Bacia De Mirandiba - PE. O estudo faz parte do projeto “Pesquisa Hidrogeológica em Bacias Sedimentares do Nordeste Brasileiro”, cujo objetivo é levantar, gerar e disponibilizar informações e conhecimentos sobre a ocorrência, potencialidade, circulação e utilização das águas subterrâneas, com a meta de elevar a disponibilidade hídrica nestas áreas do Nordeste.

Entre as áreas contempladas com os estudos hidrogeológicos, está a bacia sedimentar de Mirandiba localizada em Pernambuco. Durante as pesquisas foi realizado um monitoramento sistemático da qualidade físico-química dos pontos de água cadastrados. De posse dos resultados, foram testados vários métodos de interpolação. A ferramenta IDW - Distância Inversa Ponderada – disponível no software ARCGIS 10.0 da ESRI, com utilização do módulo Barrier, constituiu-se na mais adequada.
A distribuição das variáveis químicas monitoradas na área mostraram-se compatíveis com os resultados previstos para o Aquífero Tacaratu. No caso da Aquitard Aliança, o acréscimo dos valores de cloretos e STD, evidenciam a presença de águas mais mineralizadas antigas. A ocorrência de carbonatos indicam uma provável presença de níveis calcíferos nesta unidade.
Participam do estudo Manoel Júlio Galvão; Fernando Feitosa; João Diniz; e Adson Monteiro.

Serviço Geológico lança Atlas Digital dos Recursos Hídricos Subterrâneos do Estado do Maranhão

José Carlos da Silva, Frederico Peixinho, Francisco Correia
Filho e José Márcio Henrique Soares, no lançamento do atlas

Executado pela Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) lançou, na quinta-feira (25/10), como parte do Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea, o Atlas Digital dos Recursos Hídricos Subterrâneos do Estado do Maranhão.

Inserido no Programa de Água Subterrânea, e executado para o Ministério de Minas e Energia (MME), o projeto visa o aumento da oferta hídrica para a região Nordeste, com foco em ações direcionadas para inclusão social e redução das desigualdades sociais, tendo como prioridade estabelecer ações integradas com outras instituições. Entre as metas, está assegurar a ampliação dos recursos naturais e, em particular, dos recursos hídricos subterrâneos, de forma compatível com as demandas da região nordestina.
 
Para o chefe do Departamento de Hidrologia da CPRM, Frederico Peixinho, a importância do lançamento do atlas está no fato de que o Estado do Maranhão passa a ter, a partir de agora, um levantamento completo da situação dos poços existentes no estado. “Esse produto faz parte da meta da CPRM de dispor uma base de dados nacional de poços altamente confiável e necessária para apoiar as políticas de recursos hídricos dos estados da federação”, ressalta Peixinho.
 
O Atlas do Maranhão, que apresenta dados sobre a situação de poços por cada município do estado, é um grande reforço para o fortalecimento da gestão dos recursos hídricos do Maranhão. “Além do lançamento no Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, iremos realizar um grande evento no Maranhão, com a participação do MME, das diretorias da CPRM e dos gestores e representantes políticos do estado e municípios, de forma a internalizar, tanto no plano político quanto no técnico, a valorização da utilização da informação hídrica subterrânea para as ações de infraestrutura hídrica do estado”, anunciou Peixinho.
 
O cadastramento de fontes de abastecimento por água subterrânea do Maranhão foi realizado pela Residência de Teresina da CPRM, sob a coordenação do chefe da Residência, Francisco das Chagas Lages Correia Filho, e contou com a ampla participação das secretarias de estado do Governo do Maranhão.
 
Além do Maranhão, na região norte do país, até o momento, já foram lançados atlas de todos os estados do Nordeste. A CPRM está também organizando as bases de dados para que sejam lançados, futuramente, os atlas dos demais estados brasileiros.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Público elogia qualidade dos trabalhos apresentados durante congresso

O diretor Thales Sampaio acompanhou 
a exibição dos trabalhos

No segundo dia do XVII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, que está sendo realizado em Bonito (MS), pesquisadores da CPRM apresentaram 14 dos 52 trabalhos exibidos na Sessão Técnica do evento. “Vi diversas apresentações. Pela viabilidade da proposta que busca ajudar a resolver o problema de abastecimento de água no semiárido, a que mais chamou minha atenção foi a apresentação que abordou a possibilidade da construção de adutora no semiárido do Piauí”, avaliou Marcos Leão, professor do curso de graduação em geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.   


Francisco Lages durante apresentação de seu trabalho
O trabalho de autoria do chefe da Residência de Teresina, Francisco das Chagas Correia Filho, e dos pesquisadores Fernando Antônio Carneiro Feitosa e Ana Xavier, sustenta que o déficit hídrico na região não significa falta de água. O estudo propõe a construção de uma adutora para captação de água subterrânea de boa qualidade no Vale do Gurguéia. A iniciativa pode beneficiar mais de 600 mil pessoas, em 51 municípios numa das áreas mais secas do Piauí, que enfrenta  graves problemas de abastecimento de água.

Pesquisadora durante apresentação na sessão técnica


Outro trabalho elogiado pelo público trata da revitalização dos poços para preservação das águas subterrâneas. O estudo é de autoria dos pesquisadores Heinz Alfredo Trein e Marcelo Goffermann. A forma interativa e didática com que Alfredo mostrou o trabalho atraiu dezenas de pessoas. “Ele foi muito didático”, elogiou a engenheira Ana Carolina.  Segundo Adriano Antunes, mestrando em tecnologia ambiental, o trabalho explica a importância de se eliminar focos de contaminação de poços para preservação de aquíferos.  “Acabei de conhecer uma técnica que eu não sabia que existia. Isso vai me ajudar no futuro a elaborar projetos sobre esse assunto”, avaliou Antunes.

Vista panorâmica do auditório
O trabalho alerta sobre importância de se recuperar poços tubulares para preservação de aquíferos e fornecimento adequado de água potável para o consumo humano.  O estudo detectou que entre os problemas mais comuns nos poços que serão revitalizados estão, a falta de proteção sanitária e tamponamentos precários, que permitem a entrada de materiais indesejáveis no interior desses poços, dentre eles, pequenos animais. Para ilustrar sua apresentação Alfredo exibiu vídeo do interior de poços.



Acesse a programação e confira a lista dos trabalhos técnicos dos pesquisadores da CPRM que serão  apresentados durante o congresso: http://www.abas.org/xviicongresso/programacao.php



Serviço Geológico debate problemas e soluções na construção da Rede Nacional de Monitoramento das Águas Subterrâneas

Maria Antonieta fala dos desafios e soluções
 para a construção da Rimas
Com o objetivo de ampliar o conhecimento hidrogeológico dos principais aquíferos do país, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) desenvolve, em caráter permanente, a Rede Nacional Integrada de Monitoramento das Águas Subterrâneas (Rimas). Criada em 2009, a Rimas conta atualmente com 250 poços em operação e previsão de inclusão de mais 190 até 2013.

Com base nas experiências, desafios e soluções exigidas ao longo do processo de instalação e manutenção crescente da rede, que o Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas incluiu, em sua programação, do dia 24/10, a palestra técnico comercial “Rede Integrada de Monitoramento de Águas Subterrâneas – situação e perspectivas para o futuro. Apresentada pela geóloga e coordenadora da Rede, Maria Antonieta Alcântara Mourão, da CPRM, o tema foi um dos mais debatidos durante o congresso.

Maria Antonieta fez um relato detalhado da atual situação da rede, mostrando os problemas enfrentados no processo de construção, citando como fatores dificultadores a dimensão continental do país com grandes heterogeneidades em termos de infraestrutura da malha viária; dificuldade de envio de amostras aos laboratórios qualificados para análise de parâmetros no prazo necessário de 24 horas; e ausência de empresas interessadas em participar de pregões ou empresas com baixa capacitação ou experiência em perfurações em terrenos sedimentares.

Embora ocorram desafios no processo de construção, soluções estão sendo implementadas, o que tem permitido a construção de poços de monitoramento, todos equipados e operados por hidrogeólogos das onze unidades regionais da CPRM espalhadas pelo Brasil. Também foram adquiridos espectrofotômetros portáteis para a realização de análise no campo. Foram feitos ajustes constantes nos valores acompanhando as tendências de mercado. E adotada a prática de anúncios antecipados na realização de pregões, com vistas a permitir a participação de empresas, com potencial para execução dos serviços, em tempo hábil.

Entre as metas para a continuidade e ampliação da Rimas, estão: inclusão de aquíferos; ampliação de poços em vários estados; intensificação de acordos de cooperação com empresas de abastecimento; e aumento com o número de técnicos envolvidos com a rede de monitoramento.

“Com estas medidas, esperamos alcançar a marca de 440 poços instalados até 2013 e 1000 poços construídos e em operação em 2015”, salientou Maria Antonieta.
A coordenadora da Rede explica que a CPRM tem como desafio integrar ao processo de montagem da rede os demais órgãos gestores em águas subterrâneas. “A rede já está funcionando com 250 poços e os dados já estão sendo compilados para ficarem à disposição da comunidade científica, gestores e demais interessados”, disse Antonieta. Segundo ela, o objetivo é oferecer informações para a sociedade dos impactos sobre as águas subterrâneas em decorrência da exploração ou das formas de uso e ocupação dos terrenos, além de fazer uma estimativa da disponibilidade dos recursos hídricos subterrâneos, dentre outras informações.

Estande da CPRM é atração no congresso sobre águas subterrâneas

Centenas de pessoas passaram pelo estande
O estande do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) recebe diariamente a visita de centenas de pessoas durante a sétima Feira Nacional de Água, que ocorre em paralelo ao XVII Congresso de Águas Subterrâneas, em Bonito (MS).  A feira reúne expositores de diversas regiões do Brasil para apresentar novidades em equipamentos e projetos que envolvem a água. Hoje o Brasil é referência mundial em tecnologia e inovação no processo de perfuração de poços e captação de água.



Diretor da ANA Paulo Lopes Varella Neto visita estande da CPRM
 “Em nosso estande vamos apresentar produtos e publicações técnicas que visam contribuir para difundir o conhecimento hidrogeológico do País”, destaca o diretor de Relações Institucionais, Antônio Carlos Bacelar. “Gostei do espaço da CPRM. É interativo e repleto de informações sobre a área de hidrologia”, avalia Ricardo dos Santos, que participa do evento representando a Companhia de Saneamento de Minas Gerais.  “O estande é repleto de painéis informativos sobre projetos relacionados à água que eu desconhecia”, disse a geógrafa Carla Vieira, da Universidade Federal  de Mato Grosso.
 
O estande é interativo e repleto de informações sobre hidrologia

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Estudo de caso detalha a aplicação de modelo de “Business Intelligence” para águas subterrâneas

Peixinho abordou aplicação de modelo de sistema 
de apoio à decisão amparado em BI
Com a palestra “Business Inteligence – BI” Aplicado À Gestão das Águas Subterrâneas, o chefe do Departamento de Hidrologia do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Frederico Peixinho, trouxe ao Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas um estudo de caso relativo à aplicação de modelo de sistema de apoio à decisão, amparado em BI. O objetivo é oferecer aos gerentes e analistas de negócio da área de recursos hídricos subterrâneos, uma ferramenta eficaz para a tomada de decisão. Segundo Peixinho, o modelo consiste em aplicar, numa área de estudo, o conceito e a metodologia que envolve a ferramenta aplicada à gestão de águas subterrâneas.

Entre os resultados iniciais da aplicação do modelo estão: a modernização do Siagas-Rimas e publicações técno-científicas sobre o tema, entre outros. Sobre o aprofundamento da pesquisa por meio da aplicação da ferramenta BI, o palestrante ressaltou as metas para aperfeiçoar as técnicas de consistência de dados;  desenvolver mecanismos para a integração de dados de várias fontes; aplicar técnicas de mineração de dados na área de hidrologia; aperfeiçoar os mecanismos que possibilitem mais efetividade e qualidade no fornecimento de dados para o SAD; e pesquisa de Índice de Qualidade de Água (IQA) regional para águas subterrâneas.



Água será protagonista no desenvolvimento do País

Diretor discursa na abertura do congresso
O potencial hídrico subterrâneo brasileiro está sendo debatido em encontro que está sendo realizado em Bonito (MS). A abertura do XVII Congresso de Águas Subterrâneas, nesta terça-feira, (23/10) reuniu mais de 600 congressistas, entre eles: autoridades do governo, técnicos, cientistas e estudantes, e contou com a participação do diretor de Relações Institucionais e Desenvolvimento, Antônio Carlos Bacelar, que na ocasião, representou o diretor-presidente, Manoel Barretto; e do diretor de Hidrologia e Gestão Territorial, Thales Sampaio, palestrante da conferência magna que abriu o evento.

O diretor Bacelar compôs a mesa de abertura 
do congresso
O diretor Antônio Carlos Bacelar destacou durante seu discurso que o evento congrega renomados especialistas que irão delinear caminhos e buscar soluções para uma maior excelência no estudo, capitação e uso sustentável dos recursos hídricos. “Este congresso tem o objetivo de estimular e promover discussões que levem a inovação tecnológica, o uso racional e a proteção das águas subterrâneas para gerações futuras”, disse Bacelar.

O diretor lembrou ainda o protagonismo da instituição na organização e discussões do congresso. “A CPRM é um dos patrocinadores desse encontro porque entende a necessidade desse debate”, disse. Mais de 40 trabalhos de técnicos da empresa serão apresentados durante sessões técnicas, além da participação ativa de nossos pesquisadores em talk shows, conferências, painéis, mesas redondas e palestras. “Em nosso estande vamos apresentar produtos e publicações técnicas que visam contribuir para difundir o conhecimento hidrogeologico do País”, Bacelar.  

Pesquisadores da CPRM  prestigiaram
 a aberturado congresso
“Não existe desenvolvimento sem água”. Com essa frase, o diretor da Agência  Nacional de Águas (ANA), Paulo Lopes Varella Neto, ressaltou a importância do tema para a sociedade.  “A luta pela equação em prol dos recursos hídricos é o grande desafio que nós temos”, afirmou Varella.  Para o diretor, a água é indutora do desenvolvimento. “Temos um potencial enorme para avançar e crescer”, disse. Ele explicou que o Brasil detém 54% da água potável mundial, e nossa riqueza hídrica será o personagem principal para alavancar o  desenvolvimento do País.  

O presidente da Associação Nacional de Águas Subterrâneas (ABAS), Humberto de Albuquerque, disse que o Brasil vive um momento promissor, de crescimento com a realização de grandes eventos esportivos mundiais. “Por isso, a atenção se volta para a infraestrutura do tratamento e distribuição da água”, alertou Albuquerque. Para ele, o franco crescimento da econômica  brasileira  tem que estar associado com a melhoria da legislação sobre a água. “Temos a necessidade urgente de proteger nossos recursos”, disse. 

A abertura do evento reuniu mais de 600 congressistas
O XVII Congresso Nacional de Águas subterrâneas vai até o dia 26 de outubro, no Centro de Convenções de Bonito. Paralelamente, acontece também a sétima Feira Nacional de Água – FENAGUA, que congrega expositores de todo o País apresentando as novidades em equipamentos e projetos que envolvem a água. Hoje o Brasil é referência em tecnologia e inovação no processo de perfuração de poços e captação de água. O terceiro evento do congresso é o XVIII Encontro Nacional de Perfuradores de Poços. 

Público aplaude de pé a Conferência proferida pelo diretor Thales Sampaio do Serviço Geológico do Brasil

Thales Sampaio apresenta a Conferência Magna
no XVII Congresso da Abas
O grande momento da abertura do XVII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, promovido pela Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (Abas), realizado em Bonito (MS), terça-feira, 23/10, foi protagonizado pelo diretor de Hidrologia e Gestão Territorial do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Thales de Queiroz Sampaio.

Durante aproximadamente 40 minutos, Sampaio prendeu a plateia ao apresentar a Conferência Magna do Congresso, com uma abordagem criativa e ao mesmo tempo competente e profissional sobre o tema: A Água Subterrânea no Desenvolvimento Sócioeconômico Brasileiro.

O conferencista deu início à sua apresentação utilizando-se de uma metáfora para demonstrar o que significa a água para a população mundial; e a quantidade e o percentual da água potável disponível para suprir as necessidades humanas, e destacou os pontos a abordar na palestra com a temática: água um desafio para a humanidade; água subterrânea no contexto sistêmico do ciclo hidrológico; a agenda brasileira em águas subterrâneas; e a contribuição da água subterrânea brasileira para o desenvolvimento do país.

A partir da visão global dos recursos hídricos tanto subterrâneos quanto superficiais, Sampaio estruturou a apresentação em três blocos: o primeiro na abordagem geral da importância da água para o mundo; o segundo, da necessidade de haver uma real integração dos agentes públicos responsáveis pela gestão das águas no Brasil, visando o bem maior que é a garantia desse bem para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira como um todo; e o terceiro abordando o inestimável trabalho desenvolvido pela CPRM na sua missão constitucional de gerar e difundir o conhecimento geológico e hidrogeológico, onde mostrou a importância da trilogia: geologia-hidrologia-hidrogeologia, como áreas integradas, associadas e complementares.

Ao falar sobre a importância da água para o planeta, Sampaio indicou quais as prioridades dos países ao se tratar da água como fator de solução para atender às populações, demonstrando como está a governança global em recursos hídricos e a evolução do uso global da água. “Apesar de dois terços do nosso planeta ser formado por água, apenas 0,008% do total é potável. E, apesar desta quantidade mínima, ainda assim, grande parte da água potável do planeta está sendo poluída, contaminada e degradada pela ação predatória do homem”, lamentou Sampaio.

Em seguida, o diretor da CPRM falou do Programa Nacional de Águas Subterrâneas (PNAS), com a atuação de diversas instituições federais e gestores estaduais. O PNAS tem como objetivos a ampliação do conhecimento geológico, a mobilização social, comunicação e capacitação, e o desenvolvimento dos aspectos institucionais e legais.  Nesse contexto, Sampaio lembrou aos presentes que o Sistema Integrado de Águas Subterrâneas (Siagas), desenvolvido inicialmente pela CPRM, é um sistema que pertence ao país cujos dados podem e devem ser utilizados, consultados e alimentados por todos que trabalham na gestão das águas subterrâneas.

Público acompanha atento a Conferência
Segundo Sampaio, é preciso que o Brasil tenha uma política de gestão dos órgãos públicos federais, estaduais e municipais trabalhando de forma sistêmica na gestão das águas, para que seja possível avançar em questões como a educação da população para o bom uso e preservação das águas. Sobre águas subterrâneas versus águas superficiais, ele lembrou que não se pode pensar em processos de gestão que não contemple a integração das águas subterrâneas e superficiais.

Thales Sampaio abordou as áreas de atuação da CPRM em ações voltadas para o estudo das águas no Brasil, como o trabalho de cadastramento de poços; a Rede de Monitoramento de Águas Subterrâneas, a elaboração das cartografias hidrogeológicas, os Atlas Digitais em Sistema de Informação Geográficas (SIG), os relatórios municipais, a Rede Integrada de Monitoramento das Águas Subterrâneas (Rimas), os estudos de avaliação dos aluviões no nordeste, entre outras ações. “Entre os produtos expostos no estande da CPRM na VII Feira Nacional de Águas – que ocorre paralelamente ao Congresso –, estamos lançando o Mapa Hidrogeológico de Santa Catarina”, destacou.

Finalizando, ele ressaltou o reconhecimento da Presidência da República ao trabalho desenvolvido pela CPRM ao longo de mais de 40 anos de atividades, ao definir as suas ações como estratégicas para a infraestrutura e para o desenvolvimento do país.

O público presente aplaudiu de pé a palestra. Segundo Carlos Eduardo Nascimento, diretor do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE-SP) a palestra chamou a atenção pela clareza de ideias, forma de apresentação e a empolgação do palestrante que soube seduzir o público. Para Vânia Bahia, geóloga da Universidade Federal da Bahia, foi muito relevante a conferência. “Tive a oportunidade de saber o que o governo está fazendo para melhorar a gestão dos recursos hídricos”, disse. Já o estudante e morador de Bonito, Marcelo Araújo gostou da apresentação porque foi didática e de fácil entendimento para pessoas que, assim como ele, estão se interessando agora pelo assunto.

Pesquisas em geologia marinha estão muito avançadas


A Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia, desenvolve há cerca de três anos um dos mais ousados programas de pesquisa geológica marinha, tanto em área internacional do Atlântico Sul quanto em nossa plataforma continental jurídica.

Por meio desse programa, executado com recursos do PAC, foi realizada em 2011 a primeira expedição de um país da América do Sul a águas internacionais, objetivando o  levantamento de dados sobre a evolução geológica e o potencial mineral da região (no caso o Alto do Rio Grande, que se situa a mais de 1.500 km da costa brasileira). Este programa, vem sendo desenvolvido não só com a participação de pesquisadores da própria CPRM, mas também, de outras instituições de pesquisa brasileiras.

“Esses estudos, que realizaram levantamentos do assoalho oceânico e amostragem (dragagem), tem sido importantes para definir a estratégia brasileira, qual seja, requerer junto à ISBA (International Sea Bed Authority), órgão das Nações Unidas, permissão para realizar pesquisa mineral na região. Além do caráter estratégico, essa iniciativa brasileira traz em seu bojo a formação de recursos humanos e o desenvolvimento tecnológico”, informa Roberto Ventura, diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM.

Além do Alto do Rio Grande, a CPRM  tem realizado também estudos na dorsal oceânica ao Norte do Arquipélago São Pedro-São Paulo. No  Alto do Rio Grande já foram realizadas sete expedições, cujo objetivo é levantar dados sobre a geologia e o potencial mineral da área para crostas de ferro, manganês e cobalto. Na região da Dorsal Oceânica, foram realizadas duas expedições e será realizada mais uma agora em novembro. Nesta área o potencial mineral é para mineralizações sulfetadas (Cu, Ni, Zn etc).

“A área internacional do Atlântico Sul em sido alvo de pesquisas e estudos por parte de outros países, como Rússia, França, Korea e China, tendo os dois primeiros já requerido autorização para pesquisa mineral na região junto à ISBA”, enfatiza Ventura.