O programa de levantamento geológico básico executado pela CPRM envolve uma parceria estratégica com 15 universidades públicas para formar novos geólogos e ampliar o conhecimento geológico do território brasileiro. Já são sete anos de parceria e os resultados somam 65 folhas concluídas, totalizando 195 mil km2 de área mapeada na escala de 1:100.000. Cada folha possui 3 mil km2 e traz informações que poderão ser utilizadas para pesquisa de recursos minerais, gestão territorial e meio ambiente. “Estamos transferindo tecnologia para formar novos geólogos e acelerar o conhecimento geológico do País”, explica Reginaldo Alves, chefe do Departamento de Geologia. Nos próximos dois anos outras 66 folhas serão finalizadas, o que corresponde a mais 198 mil km2 de áreas que serão mapeadas em diversas regiões do País.
A coleta dos dados no campo reúne professores e estudantes de graduação e pós-graduação em geologia. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), uma das instituições mais atuante, concluiu 22 folhas, entre elas: Curvelo, Taiobeiras, Carangola, Nova Venécia e Montes Claros, lançadas no congresso. “O projeto transcende a simples confecção de um mapa geológico, vai além dos recursos financeiros porque estimula a qualificação de pessoal e a produção de conhecimento científico”, avalia Antônio Carlos Pedroso Soares, do Departamento de Geologia da UFMG. Segundo o pesquisador o trabalho envolveu 60 estudantes e ajudou na elaboração de teses de mestrado e doutorado.
A Universidade Estadual do Rio de Janeiro participa ativamente do projeto. A instituição concluiu 10 folhas. Já a UnB executou 15 mapas. As universidades agora se preparam para uma nova série de mapeamentos. “Essa troca de experiência é fundamental porque agrega novas metodologias e tecnologia de ponta”, destaca o diretor-presidente Manoel Barretto. Todos os mapas em formato digital estão disponíveis no Geobank.
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