Fábio Braz Machado, presidente do Congresso e professor da Universidade Federal de São Paulo, faz avaliação do 46º CBG em entrevista.
Qual avaliação o senhor faz do 46º Congresso Brasileiro de Geologia?
O evento superou nossas expectativas. Tivemos a presença de empresas brasileiras da área de mineração, pesquisadores de renome, professores e estudantes de todas as regiões. É importante destacar que reunimos mais de 4 mil pessoas, entre elas, cerca de 150 autoridades. O Congresso recebeu dois mil trabalhos inscritos. Um momento único de fortalecimento da relação entre as universidades do país e o meio profissional.
Estou muito satisfeito com o empenho e dedicação de todos. A repercussão internacional que o Congresso ganhou demonstra a grandiosidade da qualidade dos trabalhos apresentados. Isso é altamente produtivo. Trocamos experiências, recebemos sugestões e propostas. Já marcamos uma reunião com os representantes da Nigéria em dezembro, eles querem formalizar uma grande parceria com o Brasil. Trouxemos estrangeiros de 22 países, mais de 150 pessoas, com o objetivo principal de fortalecer e integrar nossos grupos nacionais e os principais nomes internacionais da geologia.
A participação da CPRM foi importante?
O apoio da CPRM foi essencial. É impossível você pensar no Congresso sem a presença da empresa. Nesse contexto, quero agradecer toda equipe, em nome do diretor-presidente, Manoel Barretto. A ajuda dele foi fundamental, viabilizou a presença de magnifico estande, em parceria com o DNPM e a Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação. A presença das dezenas empresas patrocinadoras e expositores representa o forte elo necessário e inseparável entre o meio profissional e acadêmico, resultado do aumento da produção e valorização da mineração e os avanços na exploração de petróleo e gás. Hoje, mais do que nunca somos mais fortes e presentes na sociedade. Também somos responsáveis pelo avanço da economia nacional.
Qual a expectativa para o próximo Congresso?
Em cada edição, o evento fica maior, seja no número de trabalhos submetidos e na quantidade de inscritos, como resultado direto do reconhecimento da importância das geociências. Tenho certeza que, a partir de agora, o número de cursos de graduação em Geologia nas universidades vai aumentar. Nós não podemos mais perder a oportunidade de corrigir nossa trajetória herdada, nem repetir o erro de países ricos em recursos naturais e pobres social e economicamente. Fechamos o Congresso com chave de outro e com a certeza de que demos o melhor de nós.
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