Maria Angélica Sampaio, Andrea Lazaretti e Andreá Trevisol em Olinda |
Martelo, GPS, caderneta de campo, canivete, máquina fotográfica, lupa e protetor solar. Estes são alguns dos itens utilizados pelas geólogas que estão percorrendo municípios mapeando áreas de risco consideradas críticas para deslizamentos e enchentes. São 25 mulheres que formam a maioria nas equipes de especialistas da CPRM. Muitas são mães e passam até 30 dias longe de casa.
A geóloga Simone Zwirtesn participou em janeiro, da força-tarefa, em Nova Friburgo (RJ). “O trabalho em áreas de risco é mais perigoso por causa das favelas e encostas” diz. A geóloga Dianne Fonseca que também trabalhou na cidade, após a tragédia em 2011, revela que teve de “engolir muito choro”. “Foram cenas e histórias muito tristes. Tentamos conciliar trabalho e família pela paixão que temos pelo que fazemos”.
Andrea Lazaretti, Maria Angélica Sampaio e Hamilcar Tavares em área de risco |
Andrea Lazaretti participou das ações no Espírito Santo por mais de 40 dias. “Lá o pessoal estava vivendo uma situação muito complicada. Foram muitas famílias afetadas, entre elas idosos e crianças”, afirma.
Para o geólogo Jorge Fortunato, as mulheres da equipe de risco são muito dinâmicas e detalhistas “Elas têm presença. Cobram mais e aprendem rápido. São elegantes e simples ao mesmo tempo”, elogia. “E sempre sobra um espaço na mochila para as fotografias dos filhos.”
“A participação efetiva das mulheres nas atividades da CPRM representa nosso compromisso com a igualdade. Ao mudarmos as relações dentro do ambiente de trabalho, estamos conscientizando homens e mulheres”, disse a coordenadora do Comitê de Gênero e Raça, Sandra Schneider.
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